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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pivô Telmo, ex-Winner, se emociona durante entrevista na Rádio Educadora


O pivô Telmo, o eterno "Deus da Raça", foi entrevistado por mim hoje no Painel Esportivo 1ª Edição da Rádio Educadora 1020 AM. Sincero como sempre, o atual jogador de basquete do XV de Piracicaba se emocionou várias vezes.

A primeira delas foi quando falou da gravidez não planejada de sua esposa Roberta. A segunda e talvez mais dolorida, foi a dispensa da Winner logo após a derrota para Assis nas semifinais da Supercopa de 2008. "Eu sabia que haveria dispensas após essa eliminação, mas nunca imaginava que eu estaria nessa lista. Meus números comprovam que eu não decepcionei naquela temporada. Depois fizeram até uma peneira para encontrar um pivô 4. Isso acabou comigo. Quase entrei em depressão".

Telmo confidenciou que pensou em parar com o basquete após deixar a Winner. Seu sonho era encerrar a carreira em Limeira, claro que sem antes conquistar o tão almejado título paulista, que veio no ano seguinte, com aquele super-time com Renato e Nezinho. "Essa saída afetou inclusive a minha família. Meu filho, que até então tirava notas altíssimas na escola, teve uma queda acentuada de rendimento, pois alguns colegas provocavam ele, dizendo que agora a Winner melhoraria com a minha saída. Foi um tsunami que passou em minha vida".

Telmo contou que jogar em Sorocaba foi a pior coisa que lhe podia acontecer, mas a única alternativa naquele momento. "Cheguei ao fundo do poço. Não desejo isso ao meu pior inimigo". Em São José, o pivô começou a ressurgir para o basquete. Mas foi em Piracicaba que ele voltou a sorrir. "Me sinto bem novamente. Parece que estou começando a carreira, mesmo com 38 anos. Tenho prazer em jogar. Quero fazer história também em Piracicaba", declarou.

Telmo guarda mágoas, principalmente de alguns companheiros de equipe, que segundo ele, não "vestiam a camisa da Winner como deveriam, apenas ganhavam dinheiro, sem ter aquele comprometimento com a cidade". Telmo não se escondia após as derrotas. "Andava pelas ruas normalmente, pois todos sabiam que eu dava o meu máximo em quadra. Me sinto um limeirense até hoje", justificou. Por outro lado, fez questão de elogiar Guilherme Teichmann, que segundo ele, foi o companheiros mais leal que teve nesses 6 anos de Winner.

Maior cestinha da história da Winner com 4.129 pontos e segundo jogador que mais vestiu a camisa da equipe com 303 jogos (atrás apenas do pivô Jiovanni), Telmo também se decepcionou com alguns torcedores. "Quando fui dispensado pela Winner, esse ex-amigos diziam que eu estava acabado e que era um velho insistindo em jogar basquete. Isso doeu demais em mim. Não merecia esse tratamento depois de tudo que fiz pela equipe", completou, com lágrimas nos olhos. Nessa foto, estou ao lado de Telmo e do operador Thiago Carvalho.

Um comentário:

  1. Bela entrevista Edmar,os grandes jogadores merecem esse tipo de atitude que vc fez e continua fazendo com atetlas mesmo nao estando mais no time ,mas que fez historia no basquete em limeira!!!!

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