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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ala Shamell, ex-Winner, pode ser o primeiro estrangeiro na seleção brasileira de basquete


O ala Shamell Jermaine Stallworth, ex-Winner, a quem carinhosamente eu chamava nas transmissões esportivas da Rádio Educadora de Limeira 1020 AM de "Príncipe negro de todos os sotilégios", está muito perto mesmo de se naturalizar brasileiro.

Segundo matéria da Agência Estadp, se a burocracia brasileira fizer um ponto certeiro e o técnico argentino Rubén Magnano apostar, o jogador norte-americano pode até aparecer na mais concorrida lista do ano - a dos atletas que vão para o Mundial da Turquia, em agosto.

No Brasil dado à miscigenações, a seleção masculina de basquete pode chegar a uma experiência rara na integração entre raças. Ou seja, ter um estrangeiro em suas fileiras. O ala Shamell, nascido em San Francisco, é candidatíssimo ao posto. Tão brasileiro quanto norte-americano, o ex-jogador da Winner/Limeira e atualmente no Pinheiros/Sky, que joga no Brasil há quase seis anos, está com o processo de naturalização em passo adiantado. Mas a ponto de poder ser convocado para o Mundial? "Me disseram que a chance é de 90%", admitiu, em bom português.

Shamell foi um dos destaques do Jogo das Estrelas no Novo Basquete Brasil (NBB), disputado hoje no Ginásio Tancredo Neves, em Uberlândia. Foi titular da equipe Pedroca e tem sido observado, de perto, pelo novo técnico da seleção. Rubén Magnano não esteve no jogo, mas sabe do potencial do jogador.

Em sua primeira visita ao Brasil, logo depois de assinar contrato com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Magnano foi ao ginásio do clube paulistano para assistir Pinheiros x Araraquara/Palmeiras. O time da casa venceu por 93 a 84 - Shamell foi o cestinha, com 24 pontos.

A intenção de contar com o ala na seleção, contudo, é antiga. "Estão falando sobre isso desde a época do Lula (Ferreira)", contou Shamell, sobre o técnico que deixou o time nacional em 2008 e comanda o Universo/Brasília (DF), líder do NBB. O espanhol Moncho Monsalve também sabia da vontade do americano em jogar pelo Brasil.

Mas o momento nunca foi tão propício. Shamell é casado com a brasileira Lucilene, que conheceu quando jogou em Araraquara, e tem dois filhos nascidos no País - Jordan e Shamell, gêmeos de dois anos.

Para ele, assim como os brasileiros são referência no futebol, o mesmo ocorre com os norte-americanos quando o assunto é basquete. "Eu posso ajudar muito com o conhecimento que tenho".

Apontado como um jogador muitas vezes individualista, diz, sem falsa modéstia, que é o "cara" no Pinheiros - tem o maior tempo de quadra dos jogadores do Nacional, com a média de 37,4 minutos/jogo. "Mas sei que na seleção é diferente. É mais importante ser mais um e ser campeão do que ser o cestinha e não ganhar nada".

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