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quinta-feira, 3 de março de 2016

De virada, Inter de Limeira perde em Olímpia

*** Por Roberto Lucato

Mais uma atuação desastrosa da Internacional e nova derrota, desta vez em Olímpia, na tarde de ontem. Nem mesmo o novo treinador João Valim conseguiu, até o momento, anular as principais deficiências da Veterana, uma equipe visivelmente limitada do ponto de vista tático e frágil no preparo físico.

É verdade que até a metade do primeiro tempo o alvinegro limeirense conseguiu exercer alguma marcação no campo do adversário. Frizzi, fazendo sua despedida da Inter, conseguia prender a bola e Léo gravitava entre os setores direito e esquerdo, construindo algumas pontadas como pivô.

O atacante Conrado, ao contrário, não se deslocava o suficiente e se entregaria a boa marcação dos zagueiros Jalnir e Alemão, que se defendiam à base de bicões. O mesmo acontecia com Smith, que não encontrava uma faixa de gramado para atuar.

Porém, aos poucos o time recuou surpreendentemente, e aí a equipe da casa se aproveitou. Renatinho, o homem flecha, era explorado como ponteiro canhoto e fez o que quis. Ora chutando, ora servindo o companheiro Dawid, ele se destacava diante de um sistema de marcação comprometido.

Chances agudas de gol, no entanto, não saiam, e somente aos 39 minutos a equipe celeste quase abriu o marcador. Mário Paiva falhou na intermediária e, em jogada de recuperação, Dawid experimentou para Fábio Huck praticar a primeira de uma série de boas intervenções. Na sequência, escanteio cobrado, foi a vez de Tiziu perder a abertura do placar.

Segundo tempo

Esperava-se, na segunda etapa, que o posicionamento principalmente de Smith sofresse alterações, pois não estava atuando como meia, nem como atacante. Mas nem deu tempo para nada.

Mais envolvente, a equipe celeste voltaria mais acesa e quase marcou aos 3 minutos com Temisson, depois de um chute forte. Jogli prosseguiu o bombardeio aos seis, de sem-pulo, obrigando Fabio Huck a voar.

Ficava claro o quanto a Inter voltaria diferente, mas pior. A equipe se encolheu e raramente recuperava a posse de bola. Em um lance isolado, entretanto, conseguiria balançar as redes, aos 19 minutos. Depois do lateral Malcoon chegar a linha de fundo, seu cruzamento fora interceptado e Rubens aproveitou para chutar forte e fazer 1 a 0.

Foi a senha para o Olímpia acordar de vez. A pressão tornou-se irresistível e a bola não saía mais do campo defensivo do Leão. Eram escanteios seguidos, chutes de fora da área. Era a cavalaria contra os índios.

O empate era uma questão de tempo e aos 27, depois de um cruzamento, a bola sobrou livre para Renatinho fuzilar sem chances. E a pressão continuava. Aos 34, Rubens passou por três, penetrou e chutou. Huck estava lá. Aos 36, Renatinho fez o que quis e chutou. Huck estava lá.

Aos 40 não deu. Depois de tabelinha pela lateral direita, Madson levou para linha de fundo e praticamente tocou para a área, onde Robson estava bem colocado e decretou a virada. A torcida explodiu, a Inter desmoronou.

Se o cansaço já era evidente, depois da virada o que se pedia era o fim da partida. Resultado justo, não por méritos totalmente do Olímpia, uma equipe limitada, mas por novas deficiências da Inter, que segue mal na competição.

A Inter segue na zona do rebaixamento da Série A-3, ocupando a 18ª posição, com apenas 7 pontos. Em 10 rodadas foram sete derrotas, duas vitórias e um empate. Agora serão dois jogos seguidos no Limeirão, contra o Comercial, no domingo às 10h, e diante do Nacional, na quarta-feira seguinte, às 20h.

Olímpia 2 x 1 Internacional
 
Gols - Rubens aos 19 do 1ºT (IN); Renatinho aos 27 e Robson aos 40 do 2ºT (OL)
Local - Estádio Tereza Breda, em Olímpia
Árbitro - Cássio Luiz Zancopé
Auxiliares - Antônio Francisco de Souza Silva e Rafael Fernandes Carvalho.
Público e renda - não divulgados
Olímpia - Juninho; Edson (Madson), Jalnir, Alemão e Rômulo; Jougl, Juninho Ortega, Renatinho e Dewid; Temisson (Robinson) e Tisil (Bruno). Técnico - Marcelo Dias.
Internacional - Fábio Huck; Vinícius, Mário Paiva, Diego Gaúcho e Malcoon; Téssio (Mateus Mima), Rubens, Frizzi e Léo; Smith (Gustavo) e Conrado. Técnico - João Valim.
Ocorrências - cartão amarelo para Gustavo (3º)

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