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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ainda abatido, zagueiro Sassá é reintegrado ao Independente após agredir árbitro em Marília


Um mês e sete dias após ser afastado pela diretoria do Independente por ter agredido o árbitro Maurício Antônio Fioretti na derrota para o Marília por 1 a 0, no Bento de Abreu Sampaio Vidal, o zagueiro Sassá foi reintegrado ao elenco galista na manhã de ontem.

Ainda cabisbaixo e ciente de que errou, o becão falou poucas palavras no Pradão. Disse apenas que se arrepende profundamente do que fez e que um dia pedirá desculpas ao árbitro pelo seu ato.

O técnico Álvaro Gaia fez questão de reunir todo o elenco antes do treino para anunciar a volta de Sassá. O zagueiro chegou timidamente, como se estivesse sem ambiente, mas logo foi abraçado por seus companheiros, que festejaram o seu retorno. Ele se emocionou ao vestir o uniforme de treino após esse tempo parado e participou dos dois toques.

Foi o próprio Gaia que decidiu reintegrá-lo nesta fase final da Série A-3, mesmo sabendo que o jogador não poderá atuar, uma vez que foi suspenso por 180 dias.

"O Sassá não roubou e não matou ninguém. Apenas perdeu a cabeça. Ele tinha que ser punido pelo que fez e foi. Só não pode deixar de fazer o que mais gosta e sabe, que é jogar futebol. Tem tanta gente impune nesse Brasil", lembrou.

Sassá chegou a desistir do futebol, mas sofreu com essa decisão. Emagreceu, quase entrou em depressão e chorou muito. Para se ter uma idéia, ele ainda não assistiu ao vídeo de sua agressão.

"Fiz questão de mostrar a ele as imagens pelo meu tablet, mas ele virou a cara por duas vezes. Parecia ter vergonha do que fez", confidenciou o treinador.

O zagueiro não quis comentar seu ato, apenas agradeceu o carinho do elenco galista e mais uma vez pediu desculpas. Gaia disse que Sassá confidenciou que só atingiu o árbitro com um pontapé porque se sentiu desprezado por Fioretti durante todo o jogo.

"Ele estava irritado com a cera do Marília e a demora dos gandulas na reposição de bola", frisou.

A diretoria galista, através do gerente de futebol Marcos Bruno, pretende lutar para que sua pena seja reduzida.

"Vamos tentar na FPF. Quem sabe essa suspensão de 180 dias caia para apenas 90, mais cestas básicas. Queremos contar com o jogador para a Copa Paulista no segundo semestre", explicou.

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