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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Morre Roberto Cruz, ex-goleador do Galo


Os esportistas de Limeira ficaram chocados hoje com a notícia do falecimento de Roberto Cruz, diretor da Liga Desportiva Limeirense e um dos maiores goleadores da história do Independente. Ele tinha 55 anos, e segundo informações, teve um infarto fulminante enquanto trabalhava pela manhã.

Roberto Cruz chegou a Limeira em 1976, graças a Antônio Maldonado, o "Toninho", que na época era supervisor da Internacional e precisava de um centroavante nato. 


Após ser informado que na cidade de Chavantes, no interior de São Paulo, um artilheiro estava vivendo um bom momento, Toninho viajou atrás do goleador. Após assistir a uma atuação de Roberto Cruz naquela pequena cidade, teve a certeza de que o atacante se encaixaria perfeitamente no Leão e o convidou.


Só que o homem gol enfrentou uma grande concorrência no ataque leonino, pois disputava a posição com o lendário Tião Marino. Por isso, fez apenas 9 jogos como titular, tendo marcado um gol.


Cruz viveu seu melhor momento no Independente, onde jogou por mais de dez temporadas, marcando mais de 100 gols. Até os dias atuais pedia para os historiadores levantarem seus gols. "Duvido que alguém balançou mais a rede em favor do Galo do que eu. Sou o artilheiro dos 100 gols", sorria.


Ele também dizia que uma de suas maiores mágoas foi ter sido rebaixado com o Independente para a Terceira Divisão. "O Roberto Cruz jogou em um dos melhores times do Galo, com Marquinhos, Suemar, Ataliba, Alceu, Rodrigo, Bira, Toninho, Dorival, Jorginho e Igaraí. Foi uma pena esse time cair duas vezes seguidas. Me lembro que ele não se conformava, até porque morava em Limeira e era cobrado nas ruas. Eu era diretor na época e tinha muita amizade com ele. Sempre o pegava em sua casa para levar ao Pradão. Era um grande homem, um grande amigo", contou Roberto Martins.


Filho de José de Assis Cruz e Noêmia de Cândido Cruz, Roberto Cruz casou-se com a limeirense Regina Ragazzo, professora coordenadora na rede municipal de ensino, com quem teve dois filhos, Felipe e Lucas. Encerrou sua carreira de 19 anos no futebol em 1994.
Como funcionário público, trabalhava desde julho de 1998 como auxiliar administrativo na Liga Desportiva Limeirense, chegando a ser o presidente da entidade em 2004, quando Antonino Alcântara Teixeira Martins assumiu o cargo de diretor de esportes.


Um de seus melhores amigos era o Pedrão da Liga. Ontem, estava abalado com a morte de seu companheiro de todos os dias. "Há 40 dias perdemos o Zezinho e agora o Roberto Cruz. Parece mentira. Duas grandes figuras, que fizeram muito para o nosso esporte. Não consigo acreditar. Trabalhei com o Roberto por uma década", lamentou.


Roberto Cruz era colaborador da Copa Gazeta há muitos anos. Entregava troféus, medalhas e atuava como representante nos jogos. No Campeonato Amador de Limeira era o responsável pela elaboração das tabelas e atendia, quase que diariamente, os dirigentes dos clubes. Também era o responsável por organizar os campeonatos de base e de Veteranos na cidade.


Fumante, Roberto Cruz jogava futebol duas vezes por semana para manter a boa forma. Às quartas-feiras à noite marcava seus gols no Castelo Graal e aos sábados, jogava na Chácara do Nêne. Ele gostava de bater no peito para falar que marcou mais de cinco mil gols nesses dois campos societys.


O corpo de Roberto Cruz será sepultado amanhã, às 10h, no Cemitério Saudade.

Um comentário:

  1. Também jogo na chacara do Nêne,e tive a honra de brincar com Roberto por anos,um exemplo de honestidade e caráter.
    Apesar de sua idade,todo sábado deixava o seu golzinho,e depois no "terceiro tempo" churrasco e trucada,ao qual ele adorava também.
    Vá com Deus e descanse em paz Roberto.

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