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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Internação completa 30 anos com torcedor solitário


Ele, com certeza, vale por 30. Alberto Afonso Heldt, o "Tigrão", ou melhor, o "Tiger" como gosta de ser chamado, celebrou ontem os 30 anos da Torcida Internação.

Mas ele mesmo diz que não há motivos para comemorar. Além do momento ruim da Internacional, que figura apenas na Série A-3 do Campeonato Paulista, os 399 integrantes do início já não fazem mais parte da torcida organizada. "Só sobrou eu", lamentou.

Tiger, fã do Metálica e figura carismática em Limeira, culpou a violência nos estádios como fator primordial para a saída dos leoninos de sua torcida.

"A partir de 1990 vi que as pessoas do bem estavam se afastando. Não tive como controlar. Mesmo assim, a Internação nunca parou e vai existir até quando eu estiver vivo. Pena que esses 399 torcedores que estiveram ao meu lado na final de 1986, no Morumbi, hoje não estão mais ao meu lado. Mas eu sigo em frente com meu surdo, mesmo que isolado na arquibancada", comentou.

Abnegado e apaixonado pela Veterana, Tiger sempre colocou a mão na massa no Limeirão e nunca mostrou fraqueza. Pinturas, desenhos e artes são suas especialidades e sempre com a maior boa vontade, sem cobrar um centavo sequer.

Ele só ficou triste quando apagaram as duas estrelas que ele tinha pintado nas arquibancadas, que representavam os títulos do Paulistão de 1986 e da Série B de 1988.

Respeitado pelas torcidas rivais, Tiger não acredita que poderá ver novamente a Internação com 400 torcedores, empurrando a Internacional.

"Existem muitos fatores que atrapalham a vida das organizadas. A violência continua sendo o principal deles. Sou contra qualquer tipo de violência. Sou da paz e quero paz. Não gosto de saber que torcedores andam com paus, pedras e rojões nas mãos. Isso me enoja. O parasitismo está acabando com o futebol", justificou. Em breve, Tiger lançará a nova camisa da Internação, cujo design ficou espetacular.

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