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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Com golaços, Independente vence o Bariri na estreia da Segundona e enfim quebra o tabu


Desde 2004 o torcedor do Independente não sabia o que era uma vitória na estreia do Campeonato Paulista. Ontem pela manhã, esse tabu finalmente foi quebrado e o Galo derrotou o Bariri por 3 a 2, na abertura da Segundona. Com o Pradão interditado, o jogo foi realizado no Limeirão. Mesmo assim e com o realização do 1º de maio em vários campos da cidade, mais de 300 torcedores foram prestigiar o alvinegro e saíram felizes da vida com o que viram.

A vitória, bastante suada, foi muito comemorada pelos investidores, em especial J.Rubens, afinal de contas, o Independente perdeu sete jogadores para a partida de estreia, todos com problemas de documentação. Com isso, apenas três jogadores ficaram no banco de reservas, dois deles de 17 anos.


Foi um jogo cheio de alternativas, bom de se assistir. O Bariri, comandado pelo ex-ponta Lela, deu o primeiro susto aos 10 minutos. Falta cobrada por Cleiton da meia-esquerda e o goleiro Felipe desviou para escanteio.

Os galistas presentes ao Limeirão vibraram logo aos 15 minutos. Após falha terrível do zagueiro Claudemir, que furou sendo o último homem da defesa, Bismarck desceu livre pela meia-esquerda, se livrou facilmente do goleiro e bateu. O becou ainda se recuperou e cortou com o braço, em cima da linha. O árbitro Ulisses Antônio Zampieri, bem colocado, marcou a penalidade máxima. Só que esqueceu a regra básica: não expulsou o jogador, que evitou o gol. Ângelo, o clone do Cristiano Ronaldo, cobrou forte, no canto esquerdo de Wendel, fazendo 1 a 0.


Enquanto o atrevido Bismarck era o jogador que mais incomodava a defesa visitante, Felipe evitou o empate aos 26 minutos. João Paulo cruzou da direita e Jadson, livre de marcação, bateu à queima-roupa para uma defesa no puro reflexo do arqueiro. A resposta galista veio no minuto seguinte. Ângelo deu uma caneta em Lucas pela esquerda e rolou para Bismarck na grande área. O atacante girou em cima do marcador e exigiu uma defesa espetacular de Wendel. Um verdadeiro milagre.


Parece que os times tinham combinado antes do jogo. Um time atacava e depois era a vez do outro. Aos 33, Bismarck fez um lançamento primoro para Ângelo. O veloz atacante ganhou na corrida da marcação e cara-a-cara com Wendel, finalizou à direita do gol, perdendo uma chance inacreditável.


Emoções puras nos minutos finais da primeira etapa. Aos 45, o meia galista Carlos Diego, improvisado como zagueiro, foi desarmado na entrada da área por Léo Gil. O ponta serviu Jadson, que livre de marcação, bateu cruzado, acertando a trave de Felipe. Que susto para os galistas. Aos 47, o zagueiro Peterson, além de desarmar a boa trama ofensiva do Bariri, fez um lançamento de mais de 50 metros para Ângelo. O atacante desceu livre pela direita e quando viu o goleiro Wendel adiantado, tocou por cobertura, fazendo um golaço: 2 a 0. O Independente foi para os vestiários aplaudido pelos torcedores, algo que não presenciávamos há muito tempo.

Sufoco no Segundo Tempo:


Se no primeiro tempo o Independente foi o dono soberano das ações, no segundo o que se viu foi equilíbrio total. O Bariri decidiu arriscar mais no ataque e descontou logo aos 4 minutos. Falta cobrada da direita por Róbson e falha do zagueiro Peterson e do goleiro Felipe. O becão não conseguiu cortar e ainda por cima, atrapalhou o arqueiro passando a sua frente: 2 a 1.

O Bariri cresceu e Felipe se redimiu aos 8, mandando para escanteio a falta cobrada por João Paulo. O Galo poderia ter marcado o terceiro aos 10. Escanteio cobrado por Gustavo, desvio de Bismarck na primeira trave e Peterson, sozinho na pequena área, não conseguiu finalizar com o gol aberto a sua frente.

Quando o Bariri era todo pressão em busca do empate, o ala Gustavo soltou um tubaço da meia-esquerda, bem ao seu estilo, no ângulo de Wendel: 3 a 1, isso aos 19 minutos. Ao tentar evitar o gol, o arqueiro se chocou com a trave, deixando o campo chorando, com fortes dores nas costas.


O jogo voltou a ficar eletrizante aos 25 minutos. Após cruzamento da esquerda, o baixinho Gabriel, do Independente, foi traído pelo quicar da bola e com isso, Porfírio apareceu livre na grande área, finalizando na saída de Felipe: 3 a 2.

Nas arquibancadas, o torcedor do Galo não parava de roer as unhas. Felipe Martone deixou o campo exausto para a entrada do jovem Matheus Martins, de apenas 17 anos, filho do comentarista e empresário Roberto Martins. E olha que o prodígio mostrou, em poucos minutos, que sabe das coisas e tem talento para ser aproveitado, apesar da pouca idade. Toques precisos na bola e lançamentos de trivela chamaram a atenção dos presentes.


Em seguida, Ângelo sentiu a coxa e também foi substituído por Cleber. O Galo se fechou, fazendo o Bariri crescer no ataque. Aos 26, por pouco a casa não caiu. Jadson desceu pela direita e inverteu na esquerda para Róbson. O camisa 10 do Bariri invadiu a área, mas bateu à direita de Felipe, jogando fora a chance do empate.

O Galo tentava encaixar um contra-ataque para matar definitivamente o duelo. Aos 34, Gustavo avançou pela esquerda e rolou de lado para Bismarck, que chutou em cima do goleiro, perdendo grande chance. Um pouco antes, Bismarck entrou driblando na área, mas passou errado para Matheus Martins. Aliás, aos 46, Matheus, de trivela, fez um lançamento milimétrico da esquerda para Carlos Diego, que se atrapalhou todo na grande área, deixando de marcar o quarto gol galista. Já o goleiro Felipe garantiu a vitória ao espalmar a cabeçada de Rafael nos acréscimos, após cruzamento de Rodrigo. Fim de jogo e fim de sofrimento.

Situação:

Apenas mais um jogo pelo Grupo 3 foi realizado ontem. O Palmeirinha venceu o São Judas Tadeu por 2 a 1, em Porto Ferreira. Brasilis e Guaçuano folgaram na rodada. O Independente folgará no próximo fim de semana, voltando a jogar contra o Palmeirinha, em Porto Ferreira, no dia 15 de maio.

Ficha Técnica:

Independente 3 x 2 Bariri

Gols - Ângelo, de pênalti, aos 15 e aos 47 minutos do 1º tempo e Gustavo aos 19 minutos do 2º tempo (IN); Róbson, de falta, aos 4 e Porfírio aos 25 minutos do 2º tempo (BA)
Local - Estádio Major José Levy Sobrinho
Árbitro - Ulisses Antônio Zampieri
Auxiliares - Edvânio Ferreira Duarte e Marcela de Almeida
Público e Renda - não divulgados
Independente - Felipe; Gabriel, Peterson, Carlos Diego e Gustavo; Thiago Blummer, Alex, Érico e Felipe Martone (Matheus Martins); Bismarck e Ângelo (Cleber). Técnico - Parraga.
Bariri - Wendel (Felipe); Lucas (Romário) (Rodrigo), Claudemir, Cleiton e Dodô; Léo Tinga, Porfírio, João Paulo e Róbson; Jadson e Léo Gil (Rafael). Técnico - Lela.
Ocorrências - cartões amarelos para Gabriel, Thiago Blummer, Carlos Diego, Felipe Martone, Bismarck e Ângelo (IN); João Paulo e Jadson (BA).

*** Fotos - Fernando Carvalho (Gazeta de Limeira)

Um comentário:

  1. Caro Edmar,

    Alguem pode me responder qual a diferença dos uniformes usados por Inter e Independente ???
    Pois não vejo nenhuma diferença....a não ser o distintivo.

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