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domingo, 8 de dezembro de 2013

Faísca faz Seringueira Kahel acreditar na vaga para final da Copa Gazeta Ouro


Seringueira Kahel e Centro Rural decidem hoje, às 10h, no Limeira FC, uma vaga na final da 27ª Copa Gazeta Ouro. São dois bicampeões em campo, que prometem um jogo eletrizante, que terá a transmissão da Rádio Educadora 1020 AM, com Edmar Ferreira, César Roberto e Naldo Dias.

O Seringueira Kahel, campeão em 2008 e 2010, aposta suas fichas em um velho conhecido da torcida limeirense: o atacante Faísca, ex-Independente.

O atacante de 36 anos foi decisivo no último domingo, marcando dois dos três gols de sua equipe contra o Nova Itália, na vitória por 3 a 2 pela última rodada da fase de classificação, que classificou o Seringueira Kahel para as semifinais. Ele é um dos artilheiros desta edição com 4 gols.

Faísca tem um currículo de nômade do futebol. Se profissionalizou, segundo ele, tarde até demais, com 19 anos, no Paraisense, de São Sebastião do Paraíso, time pelo qual defendeu por quatro anos.
Na Esportiva de Guaxupé, subiu para o Módulo 3 do Campeonato Mineiro. Um torcedor de nome Jefferson, o apelidou de Faísca. "Ele justificou que eu corria demais e parecia uma faísca".

Em razão de suas boas atuações, foi contratado pela Caldense, para a disputa do Campeonato Mineiro. Em um dos jogos contra o Cruzeiro, Faísca foi eleito por todas as emissoras de imprensa que cobriam a partida, como o melhor em campo e olha que nem gol ele marcou no dia. "Estava inspirado, driblando com facilidade. Só faltou o gol para coroar minha atuação com chave de ouro", sorriu.

Veio para São Paulo, pois sabia que aqui era a vitrine para o futebol. Defendeu o Ituano e no São Bento conquistou a Série A-3 de 2000. Passou pela Francana e foi trazido ao Independente pelo técnico Ailton Lira. No Galo foram 21 jogos em 2002 na Série A-3 e sete gols marcados. "Tínhamos um grande time no Galo. Faltou subir".

Do Independente, Faísca retornou ao futebol mineiro para jogar pelo Uberlândia e pelo Uberaba. Mas continuava de olho em propostas do futebol paulista. Não demorou para voltar ao nosso Estado, onde vestiu as camisas de Itapirense, Guaçuano, Osvaldo Cruz e Paulínia. Jogou também pelo Sorriso/MT.

Nascido em Licínia, no sul de Minas Gerais, no dia 23/02/1977, Nirley Vitor da Silva é filho de Sebastião Vitor da Silva e Maria das Dores da Silva, ambos falecidos. Tem seis irmãos: Marquinhos, Marcinho, Mário, José Armando, José Ricardo e Sandra.

Gols de Faísca no Independente em 2002:
23/01 - (1) - Independente 1 x 2 Oeste
17/02 - (1) - Independente 1 x 0 Taubaté
20/02 - (2) - Independente 3 x 0 União Mogi
13/03 - (1) - Ferroviária 2 x 1 Independente
24/03 - (1) - Inter Bebedouro 4 x 4 Independente
07/04 - (1) - Garça 0 x 2 Independente

Pingue Pongue com Faísca:

Painel - Como surgiu o convite para você defender o Seringueira Kahel?

Faísca - Foi através do meia limeirense Guilherme, que jogou comigo no Guaçuano. Ele sempre falava para mim que o nível do amador de Limeira era forte e que eu poderia me sair bem. Quando ele acertou com o Seringueira Kahel para o Campeonato Amador, automaticamente me convidou. Fui apresentado ao presidente José Nikkey e acertei. Estou feliz nessa equipe.

Painel - Qual é o diferencial do Seringueira Kahel?
Faísca - É uma família. O ambiente é muito bom. Todos se ajudam. O nosso técnico é o Dino Sani, que inclusive jogou comigo. Essa é a minha segunda Copa Gazeta. Joguei a primeira pelo Santa Cruz, mas não concluí a edição, porque acertei com um time profissional. Mas o Roberto Martins me ajudou bastante naquele período.

Painel - Qual a maior dificuldade que você enfrenta ao disputar o Campeonato Amador e a Copa Gazeta?
Faísca - Eu não sou mais um menino né. Tenho 36 anos, mas continuo me cuidando. O problema é acompanhar essa molecada de hoje em dia. É muita correria. Mas consigo me posicionar em campo para marcar meus gols. Meu faro continua apurado.

Painel - Os zagueiros te respeitam pelo fato de você ser o Faísca?
Faísca - Os zagueiros que me conhecem chegam na boa, sem problema. Mas a maioria não sabe quem sou e nem a minha história. É por isso que tento usar da minha experiência para levar vantagem sobre eles.

Painel - O que você tem a dizer sobre o Centro Rural, adversário desta manhã do Seringueira Kahel?
Faísca - É um dos melhores times que enfrentei. Eliminamos o Centro Rural no Campeonato Amador, mas com muita dificuldade. É um time que tem uma defesa forte e um atacante (Risada) que desequilibra. Estamos preparados e temos a ciência que podemos chegar a final da Copa Gazeta. Seria um presente para o José Nikkey.

Painel - Qual foi seu jogo inesquecível?
Faísca - Em 2010, defendi o Osvaldo Cruz e na rodada decisiva enfrentamos a Itapirense, meu ex-time. A gente jogava por um empate para subir para a Série A-3. Perdíamos o jogo por 2 a 1, quando aos 43 minutos do 2º tempo eu marquei o gol do acesso. Foi uma grande festa na cidade. Virei herói do time. Jamais vou me esquecer daquele dia.

Painel - Quem foi seu maior ídolo no futebol?
Faísca - Apesar de ser flamenguista roxo, sempre gostei do futebol do Evair, que por vários anos jogou pelo Palmeiras. Era técnico e muito eficiente dentro da área. Sempre me espelhei nele.

Painel - No futebol te chamam de Dodô, mas não pela semelhança com o artilheiro dos gols bonitos e sim porque você se parece com o vocalista do Grupo Pixote?
Faísca - kkkkk (risos). Um monte de gente me chama de Pixote. Onde eu vou tem sempre alguém brincando comigo. Mas faz parte. Gosto de pagode e admiro esse cantor.

Painel - O que você pretende fazer no futuro?
Faísca - Quero fazer cursos e me tornar um professor de escolinha de futebol aqui em Americana. Não penso em lidar com o futebol profissional, pelo menos por enquanto. Pode até ser que eu vire um olheiro, até pelo conhecimento que tenho, mas no momento eu penso em atuar em escolinhas. O futuro a Deus pertence.

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