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domingo, 6 de novembro de 2011

Entrevista especial: Torcida espera que a estrela de Leandro Neves brilhe novamente


Em todos os jogos decisivos do Independente nesta Segunda Divisão, um jogador em especial se sobressaiu. Leandro Neves não é o artilheiro do time por acaso. Predestinado, o goleador sempre deixou sua marca nas partidas mais importantes do Galo na temporada. No jogo do acesso contra o Primeira Camisa, entrou no segundo tempo e marcou duas vezes, na goleada por 4 a 0, assumindo o posto de maior artilheiro do alvinegro com 8 gols, um a mais do que Thiago Pereira.

Leandro Neves não cansa de agradecer o carinho recebido no Independente.

"Jamais vou me esquecer desse grupo. Encontrei uma verdadeira família aqui no Pradão. O Independente entrou na minha história como sendo o time em que vivi os melhores momentos de minha carreira. Sempre que puder, vou falar desse clube", elogiou.

Leandro da Silva Neves nasceu em São José do Rio Preto em 28/06/1991. É filho do autônomo Luiz Aparecido Neves e de dona Aparecida Ondina da Silva Neves, tendo um irmão, Luiz Augusto Neves, de 26 anos, que jogou futebol, mas que hoje trabalha como Guarda Municipal.

Sua habilidade e precisão nos arremates vieram do futsal. Sua formação no esporte foi nas quadras, defendendo os times do Automóvel Club e Palestra. No campo, Neves participou de uma peneira do São Caetano e foi aprovado pelo professor França. Não demorou muito para o prodígio ser indicado ao Rio Branco de Americana, um dos times mais fortes em escolinhas de futebol do interior paulista.

Por ter o cabelo liso e preto, o menino Leandro ganhou o apelido de Índio.

"Já me acostumei. Apenas no Independente me chamam de Leandro Neves, até porque o professor Parraga achou que pegava melhor. Mas fora das quatro linhas só me chamam de Índio. Eu em particular gostei do Leandro Neves", sorriu.

O goleador ficou no Tigre de março de 2006 a outubro de 2008. Depois foi para o Santos, onde jogou até abril de 2009, retornando ao time de Americana. Como Parraga estava a procura de um atacante, o diretor Flávio Smania indicou a jovem promessa ao Galo. Além dele, o goleiro Paulo César também se apresentou no Pradão.

Craque passou por duas cirurgias

Leandro Neves sofreu com a desconfiança do elenco e da torcida.

"Sofri com duas cirurgias no joelho direito, uma de ligamento cruzado e a outra de cartilagem. Eu não conseguia dar uma sequência em meu trabalho, pois o local vivia dolorido. Fui conseguir me recuperar completamente na reta de chegada desta Segundona. Graças a Deus hoje posso dar o melhor de mim, sem medo", confidenciou.

Por ter passado por essas graves lesões, Leandro Neves buscou inspiração em outro atacante brasileiro, que viveu os mesmos problemas.

"Sou fã do Nilmar, hoje no Villareal da Espanha, pela superação que ele sempre demonstrou. Em nenhum momento ele se abateu, mesmo perdendo anos preciosos de sua carreira por conta de cirurgias", lembrou.

Ronaldo Fenômeno e Denilson são outros ídolos do artilheiro galista.

"Quero sempre ter a velocidade e os dribles do Denilson e a frieza do Ronaldo na grande área", justificou. Aliás, Neves é o principal finalizador do alvinegro na temporada e se destaca justamente pela tranquilidade ao marcar os gols.

Gols decisivos


Dos 8 gols que marcou até agora, Neves destaca o segundo gol na vitória contra o Olímpia por 2 a 1 no Pradão, que colocou o Galo no quadrangular final da Segundona. "Dominei com um pé e marquei com o outro", lembrou.

O craque também foi fundamental na goleada sobre o Ecus por 5 a 2, em Suzano, quando entrou aos 18 minutos do 1º tempo e balançou a rede duas vezes antes do fim da primeira etapa, virando o jogo.

Leandro Neves acredita plenamente no título, mesmo sem Felipe Nunes.

"Ele cumpriu sua missão até aqui e agora vai explodir no Grêmio. Vamos dar o título a ele", disse. Para o goleador, o Galo tem reais condições de vencer o Capivariano por dois gols de diferença. "Não precisamos provar mais nada para ninguém. Nosso grupo é vencedor, independente do que ocorrer nesta manhã", justificou.

Apesar de se identificar com a torcida e ter seu nome gritado constantemente nas arquibancadas, dificilmente o artilheiro permanecerá no alvinegro na Série A-3.

"Devo dar sequência a minha carreira no Rio Branco e quem sabe mais para frente defender um grande clube do Brasil. Estou trabalhando muito para que meus sonhos sejam concretizados", completou.

*** Fotos Wagner Morente

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