O Independente sempre deu sorte na contratação de goleiros. Nos últimos anos, Buzetto, Ricardo, Fernando, Gabriel, entre outros, se destacaram. Mas parece que o posto de número 1 para os torcedores já tem dono. Diego vive uma das melhores fases de sua carreira e não sofre gol há 340 minutos. A última vez que foi vazado foi no empate contra o Palmeirinha, em Porto Ferreira, por 1 a 1, quando não conseguiu evitar o cabeceio de Pedro aos 20 minutos do 1º tempo.
De lá para cá, Diego não sofreu mais gols. Já são três jogos de invencibilidade: 0 x 0 São Judas, 1 x 0 Brasilis e 3 x 0 Guaçuano. E não pense você que isso é a primeira vez que acontece. Pelo Paulínia, o arqueiro também ficou três jogos sem sofrer gols na Segundona de 2010. "O Paulínia venceu três jogos seguidos por 1 a 0, dois contra o Atibaia e um contra o São Vicente. Até conversei com os meus zagueiros Jean e o Peterson. Espero não tomar nenhum gol no sábado em Bariri, para quebrar meu recorde pessoal", cofidenciou.
Milagres em sua meta
Além de seguro debaixo dos três paus, Diego vem fazendo defesas milagrosas. Contra o Guaçuano por exemplo, foram três milagres e ainda por cima uma penalidade máxima defendida aos 45 minutos do segundo tempo. Resultado: teve seu nome gritado em coro pela torcida. E não foi sorte, e sim treinamento, como ele mesmo destacou. "Defendi os últimos quatro pênaltis que foram cobrados contra mim, três pelo Paulínia contra Fernandópolis, São Vicente e Juventus e um agora pelo Galo. A cada defesa que faço, minha confiança aumenta cada vez mais", salientou.
Mesmo com a chegada do goleiro Tom, da Portuguesa Santista, Diego é hoje uma unanimidade. Amanhã o arqueiro completa 24 anos, mas o presente chegou antecipadamente. "Essa campanha que estamos fazendo aqui no Independente é o melhor presente que poderia ganhar. O fato de ganharmos o primeiro turno nos deu ainda mais moral para a sequência dos jogos. Conheço a Segundona e sei que estamos apenas no início. É um dos campeonatos mais difíceis de serem jogados, mas estamos no caminho certo", frisou.
Vice-campeão paulista
Diego era o terceiro goleiro da Ponte Preta na final do Paulistão de 2008, quando a Macaca perdeu para o Palmeiras. O titular era o Aranha, hoje no Santos, enquanto o reserva imediato era Denis, hoje no São Paulo. "Esses dois goleiros não me dava espaço de jeito nenhum. Não é a toa que hoje estão em duas potências do nosso futebol", brincou.
Vida
Com 1m89 e 87 kg, Diego nasceu em Espinosa, Minas Gerais. É filho de Florival Guerra de Oliveira e Maria Helena Rodrigues Lobo, tendo dois irmãos, Thiago e Tamires Rodrigues.
Começou no Campinas, dos empresários Careca e Edmar, passando em cinco anos por todas as categorias, até se profissionalizar aos 16 anos. Foi para a Ponte Preta com Danilo Neco, onde tornou-se o terceiro goleiro. Depois do título paulista, retornou ao Campinas para disputar a Série A-3. Com a mudança para Barueri, acompanhou a parceria.
Mas foi no Paulínia que realmente Diego pode enfim mostrar toda sua qualidade como titular. Na Segundona de 2010, jogou 28 dos 34 jogos, conquistando o acesso.
Tendo como ídolo o goleiro Marcos, do Palmeiras, o flamenguista Diego contou que chegou ao Independente pelo convite feito pelo técnico Parraga. "Ele é um treinador diferenciado. Devo muito a ele", elogiou. O único problema apontado pelo herói galista nos últimos jogos foi a falta do torcedor. "É ruim jogar com o estádio vazio. Onde está nossa torcida?", completou.
*** Foto Fernando Carvalho - Gazeta de Limeira
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