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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Paulinho lamenta entrada e aceita ficar suspenso

Paulinho, volante do Centro Rural, está arrependido do que fez. Ele entrou de forma violenta em Tokinho, do Estudantes, na final do Campeonato Amador de Limeira, domingo passado no Pradão.

"Estou sem conseguir dormir uma noite por completa. Acordo assustado e a todo momento vejo a cena do Tokinho ensanguentado. Estou mal de verdade e só penso na família do jogador", confidenciou.

Paulinho disse que aceitará toda punição que receber, inclusive da comissão organizadora da Copa Gazeta, e que está propenso a voltar aos gramados apenas quando Tokinho estiver pronto para jogar novamente.

"Se ele não voltar a jogar futebol, eu não volto", disse.

O jogador do Centro Rural ligou para Tokinho para se desculpar e se colocou à disposição do volante para ajudar. Ele agradeceu o Estudantes que deu toda a retaguarda para que ele pudesse deixar o Pradão.

"Sei que muita gente queria me pegar. Os próprios companheiros do Tokinho ficaram inconformados comigo. Na hora do choque eu só queria ver como o Tokinho estava, mas ninguém deixava. Foi por isso que sentei no gramado e comecei a chorar. Fiquei em estado de choque. Foi um dos momentos mais tristes da minha vida", disse.

Lesão séria na boca

Tokinho levou 10 pontos na boca, precisou colocar uma placa no maxilar e passará por canais em quatro dentes. Paulinho tentou explicar o lance.

"Não quero me defender, mas achei que o Tokinho entraria da mesma forma, pelo momento decisivo da partida. Foi por isso que coloquei meus braços à frente. Eu tinha que matar a jogada. Infelizmente acertei em cheio a sua boca. A violência foi tão grande que cortei até a minha mão", frisou.

Paulinho lembrou que passou por uma situação parecida quando defendia o Sage, de Conchal.

"Fiquei seis horas em coma após sofrer uma entrada do Vaguinho, de Mogi Mirim. Ele atingiu em cheio ao meu peito. Minha mãe ficou inconformada. Fico imaginando a mãe do Tokinho", lembrou.

O volante do Centro Rural ficou assustado com a repercussão do caso.

"Sou professor de uma escola em Conchal e dou aula de futebol para crianças. Não quero dar esse exemplo a eles. Espero concertar o que fiz", completou.

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