Alcir Magalhães Filho é um dos mais profundos conhecedores do basquete brasileiro. Natural de Brasília, esse cronista esportivo, apaixonado pelo que faz, elaborou um raio-x da modalidade, analisando os campeonatos realizados no Brasil.
Ele apontou os pontos fracos e os fortes da gestão NBB/LNB e aquela efetuada pela CBB.Segundo ele, ficou evidente que a NBB/LNB hoje é a instituição que tem maior credibilidade e visibilidade junto as várias mídias e ao público do basquete do país. O NBB é o grande caminho para o sucesso do basquete brasileiro no futuro.
Eu tive o prazer de conhecê-lo este ano, quando transmiti a vitória do Universo/Brasília sobre a Winner, pelo NBB. Na ocasião, Alcir foi meu comentarista na partida pela Rádio Educadora 1020 AM. Uma pessoa extraordinária, de muita credibilidade. Foi por isso, que decidi colocar todos os seus pontos de vista em meu blog. Leia na íntegra, pois vale a pena:
NBB/LNB:
Pontos Fracos:
1) Campeonato 2010/2011 sem equipes das regiões norte e nordeste
2) Dependência da CBB nos quesitos arbitragem e mesários
3) Distância ainda existente da alta administração com algumas regiões do país, transparecendo a existência de um processo de elitização e discriminação com relação ao basquete, principalmente das regiões do norte e nordeste.
Pontos Fortes:
1) Credibilidade e marketing positivo sobre a marca NBB/LNB
2) Competência e sucesso quanto ao modelo de gestão adotado
3) Transparência e agilidade na informação sobre a gestão da NBB/LNB, evitando os tradicionais boatos
4) Busca constante de atualização técnica e profissional dos vários seguimentos da NBB/LNB
5) Busca constante da maior visibilidade do basquete NBB/LNB junto a mídia, principalmente a televisiva
6) Busca constante de profissionalização do basquete brasileiro
7) Expectativa e confiança do público do basquete brasileiro de que a NBB/LNB hoje é um fator de mudança importante para o crescimento do basquete brasileiro
Propostas de melhorias:
1) Campeonato de 2011/2012 com equipes das regiões norte e nordeste
2) Campeonato de 2011/2012 com a segunda divisão
3) Independência total da CBB
4) Minimização da distância entre a alta gestão da NBB/LNB com relação ao público do basquete brasileiro como todo
5) Licitação aberta permitindo que novos investidores adquirem franquias, sejam eles investidores nacionais ou internacionais.
CBB:
Pontos Fracos:
1) Campeonato Nacional Feminino com muitas críticas e baixo índice técnico, veiculado nas várias mídias
2) Transparência nas informações prometidas em campanha
3) Manutenção da política da gestão anterior quando o assunto é responder questionamentos, mesmo silêncio
4) Falta de cumprimento com alguns colaboradores de campanha quanto ao assunto compromissos assumidos
5) Deficiência no processo de informação sobre a entidade
6) Indefinição de técnico para as seleções brasileiras adultas masculina e feminina
7) Falta de um canal único da CBB para prestar informações para a mídia
8) Falta de cumprimento de prazos compromissados em campanha para veiculação do planejamento da entidade e/ou modelo de gestão
9) Transparecendo a existência hoje na instituição de um modelo de gestão conservador, centralista e continuista
10) Transparecendo para o basquete brasileiro a existência de omissão de decisão do gestor maior, ou seja, parece existir um poder maior e centralizado em outro gestor que não é o presidente, nas decisões importantes da instituição
11) Falta de índices que permitam o basquete brasileiro avaliar os indicadores de resultados desta série de cursos e projetos que estão implantados nos vários estados.
Pontos Fortes:
1) Classificação do basquete brasileiro feminino e masculino adulto para os mundiais de 2010
2) Realização no Brasil da Copa América, que classificou a equipe feminina para o mundial 2010 3) Busca da realização do Pré-Olímpico no Brasil
4) Trabalho de contato e discrição do Diretor de Seleção, o ex-ala Vanderlei, em conversar com os atletas da seleção para trazê-los novamente a defender o basquete brasileiro e ações de sua competência
5) Criação da Escola de Técnicos
Propostas de Melhorias:
1) Melhorar a transparência nas informações da CBB
2) Criar um veículo único na CBB para responder os questionamentos que lhes são enviados, ouvidoria
3) Buscar acabar com a imagem de que a atual gestão é um simples reflexo do passado, através de marketing agressivo
4) Divulgar de forma ampla o planejamento e/ou modelo de gestão da instituição prometida para 120 dias e passados mais de 7 meses não foi divulgado e o basquete brasileiro não tem informações dos motivos
5) Cumprimento dos compromissos de campanha, como divulgação de balancetes, relatório de auditoria e aplicações de recursos advindos de patrocínio
6) Marketing mais agressivo sobre a marca CBB, hoje com credibilidade igual ou inferior a gestão anterior perante ao basquete brasileiro
7) Reverter o quadro de decepção do basquete brasileiro quando o assunto é mudanças prometidas em campanha pela atual gestão para o basquete brasileiro
8) Agilidade nas informações para evitar boatos
9) Workshop nacional para avaliação do basquete brasileiro e sua união prometida em campanha
Prezado Edmar obrigado pelas suas palavras com relação ao nosso trabalho.
ResponderExcluirAlcir Magalhães Filho
Prezado Edmar somente uma correção sou natural do Rio de Janeiro e não de Brasília.
ResponderExcluirAlcir Magalhães Filho