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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Faltou um ponto para o acesso do Independente para a Série A-1


Fim do sonho. O Independente deixou escapar a maior chance de sua vida: disputar pela primeira vez a elite do futebol paulista. E bateu na trave. Por um ponto. Isso mesmo, por um ponto o acesso não veio.

Os galistas lembraram na hora do gol sofrido pelo Galo em Matão aos 49 minutos do 2º tempo, através de Jardel, quando o placar era de 2 a 2. É bom lembrar que dos últimos nove pontos, o time de Álvaro Gaia ganhou apenas dois, beneficiando os times que vinham logo abaixo lutando pelo acesso.

O Galo enfrentou várias adversidades ontem, mas caiu de cabeça em pé, enchendo seu torcedor de orgulho, até por ser caçula. Campo apertado, pressão da torcida, arbitragem muito ruim de Leandro Bizzio Marinho co lances polêmicos contra o alvinegro e muita, mais muita cera do goleiro Paes.

Alegando uma contusão, o arqueiro do rubro-negro ficou, no mínimo, 15 minutos caído no gramado em três oportunidades. E com tudo isso, só recebeu um cartão amarelo.

Os dois times entraram em campo desfalcados. O time da casa não contava com o volante Dionísio e o meia Róger Gaúcho, ambos suspensos e com passagens pelo Santos. Já o Galo não tinha o ala Andrezinho e o meia Romarinho.

O técnico Álvaro Gaia promoveu a entrada do novato Cláudio Ralo no meio de campo, surpreendendo à todos. Também antecipou Allysson para a zaga e deslocou Xandão para a ala-esquerda.

O começo de jogo do Independente não foi dos melhores. Os zagueiros batiam cabeça a todo momento e a falta de entrosamento entre os volantes e os zagueiros era nítida. Buracos na defesa eram visíveis, no que se aproveitou o Oeste para criar. O time da casa tinha no baixinho Lelê sua melhor figura em campo.

E a primeira chance foi criada pelo próprio Lelê, que recebeu pela direita e bateu cruzado, na rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, Wangler finalizou em cima de André Pastor. A pressão do time da casa era grande.

O Oeste perdeu seu meia Wagner Carioca lesionado logo no início. Ivonaldo entrou em seu lugar. Aos 14 minutos, em uma jogada rápida de ataque do time da casa, Lelê serviu Cristiano na entrada da área, mas Allysson, com muito vigor físico, conseguiu o desarme, evitando a abertura do marcador.

O Independente não conseguia atacar. Os zagueiros Daniel Gigante e Ligger eram uma barreira intransponível. Apenas aos 15 minutos, o apagado Johnathan invadiu a área, porém chutou na rede pelo lado de fora.
Lelê continuava sendo o ponto de desequilíbrio do time de Roberto Cavalo. Incansável, ele dava um enorme trabalho para a defesa galista. De falta, aos 18 minutos, o baixinho cobrou por cima do gol.

Até que aos 35 minutos, Waguinho partiu driblando a defesa galista pela esquerda e serviu Wangler, que com extrema categoria, colocou no canto direito de Marcelo Bonan, fazendo 1 a 0. E que barulho ensurdecedor nas arquibancadas. Os 900 ingressos colocados à venda - parte do estádio está interditado e em reformas para a Série B do Campeonato Brasileiro - foram vendidos.

Mas a alegria do time da casa durou apenas um minuto, tempo suficiente para Cláudio Ralo receber na direita e cruzar para o gol de Júlio César, que substituía a Romarinho: 1 a 1. Quinto gol do atacante em 23 jogos pelo alvinegro.


Como o empate não interessava, o Independente se arriscou mais ao ataque, mas deixou a defesa desguarnecida, apenas com Josimar. Desta forma, o Oeste criava uma contra-ataque atrás do outro. Aos 42, Ivonaldo, livre pela direita, cruzou na cabeça de Ligger, que escorou rente a trave de Marcelo Bonan.

Aos 45, Ligger aproveitou um rebote de escanteio e tocou para Wangler, que sozinho na entrada da área, mandou por cima do gol.

Segundo Tempo

Os 45 minutos finais tiveram um protagonista: o goleiro Paes. Alegando contusão, o arqueiro caiu três vezes em campo, ficando mais de 15 minutos sendo atendido pelo departamento médico do Oeste. Como diria Naldo Dias: "ele enfurmigou demais". A cera do arqueiro irritava os galistas, em especial Xandão, que chegou a tirar satisfação com alguns adversários.

Álvaro Gaia começou a mexer, pois o tempo passava e o segundo gol não acontecia. O primeiro a entrar foi Dodô na vaga de Thiago Silva. Aos 8 minutos, ele cobrou uma falta fechada pela direita e Júlio César, na segunda trave, não alcançou.

Aos 36 minutos, o Independente por pouco não passou à frente do marcador. Falta cobrada por Alemão pela direita e Allysson, sozinho na área, cabeceou para uma grande defesa de Paes.

Aos 39, Gaia sacou o zagueiro Josimar para a entrada do atacante Juninho. Era o Independente 100% ofensivo e com a defesa escancarada. Alemão, aos 40, arriscou de fora da área e Paes segurou.

O Oeste descia várias vezes em bloco, com três homens de frente e apenas um defensor galista, porém não sabia aproveitar.

Aos 46 minutos, Xandão recebeu pela meia-esquerda e bateu forte e rasteiro. Paes se esticou todo para mandar a escanteio. O Galo jogava na área do time da casa.

Até que aos 47, em um contra-ataque bem executado pelo Oeste, Lelê invadiu a área e Dodô tentou o desarme no carrinho. O árbitro Leandro Bizzio Marinho marcou a penalidade máxima, gerando muita reclamação dos galistas. Por já ter recebido o amarelo anteriormente, Dodô foi expulso de campo. Júnior Negão, que tinha acabado de entrar no jogo, deslocou Marcelo Bonan, fazendo 2 a 1.

O árbitro deu 10 minutos de acréscimo, mas poderia ter dado muito mais. Aos 50 minutos, Juninho levantou da esquerda, Xandão ganhou no alto do goleiro Paes e Ygor Mineiro completou de cabeça. O gol foi anulado, pois o árbitro viu falta do zagueiro no arqueiro. Outro lance bastante duvidoso.

Até que aos 52 minutos, após escanteio cobrado por Alemão pela esquerda, Johnathan, livre na grande área, desviou para vencer o goleiro Paes: 2 a 2. Foi 10º gol do atacante em 19 jogos pelo Galo.

Quando o Independente acreditava no gol do acesso, a ambulância precisou deixar o estádio para atender um dirigente do Oeste que estaria passando mal. Os mais de 10 minutos de paralisação esfriaram por completo o Galo.

No retorno do veículo, ainda restavam quatro minutos. Em todos eles a bola rondava a área do Oeste e o gol não saía. O Independente apertou o rival até o apito final, mas não dava mais tempo: 2 a 2.

Os galistas desabaram em campo. Muitos foram as lágrimas. Houve também muita confusão após o jogo, até com agressões. O clima não foi dos melhores, como já era esperado.

O Independente encerra sua participação em sua primeira Série A-2 na sexta colocação, com 35 pontos. Foram 19 jogos, 11 vitórias, dois empates e seis derrotas, 29 gols marcados e 25 gols sofridos.

Situação

Além de Ferroviária e Novorizontino que já haviam subido anteriormente, Água Santa e o próprio Oeste ficaram com as duas vagas restantes. Foram rebaixados Comercial, Matonense, Catanduvense e Guaratinguetá.

Agora as atenções se voltam para o Campeonato Paulista Sub-20, que começará no próximo sábado. A estreia do Galo será diante do Rio Claro, às 15h, no Schmidtão. Antes, na quarta-feira às 10h, o Galinho enfrenta o São Paulo, em Cotia, pelas semifinais da Copa Ouro Sub-20.

Já o time profissional está confirmado na Copa Paulista, que terá início na metade do ano. Técnico Álvaro Gaia começará a preparar o time para a Série A-2 do ano que vem. Jogadores como Alemão, Xandão e Lucas Xavier devem ser negociados pela parceira Arte da Bola. Outros devem chegar, como o meia Marcelo Borges, que caiu com o Comercial.

Ficha Técnica

Oeste 2 x 2 Independente


Gols - Wangler aos 35 do 1º tempo e Júnior Negão, de pênalti, aos 47 do 2º tempo (OE); Júlio César aos 36 do 1º tempo e Johnathan aos 52 do 2º tempo (IN)
Local - Estádio dos Amaros, em Itápolis
Árbitro - Leandro Bizzio Marinho
Auxiliares - Carlos Augusto Nogueira Júnior e Anderson José Moraes Coelho.
Público - 912 pagantes
Renda - R$ 18.920,00
Oeste - Paes; João Paulo (Lucas), Daniel Gigante, Ligger e Fernandinho; Waguinho, Wagner Carioca (Ivonaldo), Leandro Mello e Cristiano (Júnior Negão); Lelê e Wangler. Técnico - Roberto Cavalo.
Independente - Marcelo Bonan; Alemão, Josimar (Juninho), Allysson e Xandão; André Pastor, Thiago Silva (Dodô), Cláudio Ralo (Ygor Mineiro) e Júlio César; Johnathan e Lucas Xavier. Técnico - Álvaro Gaia.
Ocorrências - cartão vermelho para Dodô (IN) e amarelos para Xandão, André Pastor e Cláudio Ralo (IN); Paes, João Paulo, Leandro Mello e Cristiano (OE).

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