Obina é melhor do que o Eto’o

Que noite maravilhosa para os palmeirenses. Tudo deu certo e até o Atlético/MG perdeu do horroroso Fluminense por 2 a 1 no Maracanã, quebrando a banca de apostas, inclusive a minha.

Uma vitória para erguer novamente o moral do líder do Campeonato Brasileiro, que acertou ao fazer um retiro em Atibaia durante a semana, tirando o foco dos jogadores da conturbada imprensa.

Tive o prazer de narrar esse espetáculo de bola no Palestra Itália pela Rádio Clube 850 AM e sai satisfeito com o que vi.

O Goiás, com Romerito e Fernandão entre os titulares, jogou com 9 e mereceu perder de 4 a 0. Lamentável o técnico Hélio dos Anjos, que escalou mal a sua equipe, enterrando o time goiano, que agora vai brigar apenas pela Sul-Americana. Foi literalmente um passeio.

Ah já ia me esquecendo. O Goiás ficou com 8, pois Rafael Tolói foi expulso atrasadamente. Era para ter recebido o vermelho no pênalti que fez em Ortigoza. O paraguaio fez uma boa partida e até aplaudido de campo saiu.

Obina vinha sendo questionado, até pela torcida, e justamente às vésperas do clássico contra o Corinthians, marcou 3 gols.

Aliás, sua única boa partida pelo Verdão até aquele momento tinha sido contra o próprio rival, em Presidente Prudente.

Na entrevista após sair de campo como herói, Obina mostrou humildade e disse que sempre dormiu tranquilo, pois sabia que a má fase passaria.

Marcos preferiu elogiar a postura do Palmeiras. Eu faria o mesmo. “Temos que mostrar essa raça sempre. Não somos o favorito ao título, mas um dos”, destacou.

O gol de Dayvid Sacconi, o terceiro do Verdão, foi lindo, uma obra-prima. Uma tabela sensacional entre o meia e Obina, que devolveu de calcanhar para um tiro cruzado, indefensável. Um gol em que o torcedor tinha que sair do estádio e pagar ingresso novamente.

Fazia tempo que eu não narrava um gol com tanta emoção, mesmo sendo corintiano em São Paulo. Meu time de coração é o Vasco da Gama (Léo Lima deu duas canetas maravilhosas, diga-se de passagem).

Nesse espaço não posso deixar de elogiar o volante Sandro Silva, que mudou a postura do Verdão no momento em que entrou no lugar de Edmilson. Eu votei nele como melhor em campo. Pena que tomou o terceiro amarelo e não jogará o clássico contra o Corinthians.

No fim, sobrou para a imprensa, que vinha apelidando o Palmeiras de “time amarelão”. Em coro os torcedores gritavam: “ei imprensa, vai tomar no c...”. Entendo a torcida, mas era melhor festejar a volta do bom futebol de sua equipe.

Se antes da partida contra o Goiás todos apostavam em uma vitória do Corinthians em Presidente Prudente, depois dos 4 a 0 a maioria mudará de opinião. Eu prefiro esperar até o fim de semana para opinar.