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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Volante limeirense Corrêa fica mais um ano no Fortaleza


Por um bom tempo o volante Corrêa vai se lembrar do Castelão lotado e do gol do atacante Juba, do Macaé, que tirou o acesso do Fortaleza para a Série B do Campeonato Brasileiro. Para o limeirense essa foi uma das eliminações mais doídas de sua vitoriosa carreira.

Corrêa estava naquele time da Portuguesa de 2013, que dentro de campo se manteve na elite, mas que fora dele acabou derrotado nos tribunais e rebaixado para a Série B pela escalação irregular do meia Hewerton. O Fluminense foi o beneficiado e permaneceu na Série A.

"Não considero como descenso, pois não caímos dentro de campo. Perder para o STJD foi uma decepção muito grande para todos nós do elenco. A própria Portuguesa sentiu esse baque e agora está na Série C", lembrou.

Sem clima para continuar na Lusa, Corrêa recebeu uma boa proposta de trabalho do Fortaleza e não pensou duas vezes em assinar contrato. O maior problema era enfrentar o forte calor nordestino, afinal de contas o limeirense jogou por vários anos na Ucrânia, com temperaturas abaixo de zero.

"Vivi os extremos e meu corpo aguentou", brincou.

Por outro lado, mal sabia ele que viveria duas fortes emoções em 2014, pena que nenhuma delas positiva. Na final do Campeonato Cearense, o Fortaleza enfrentou o rival Ceará.

O time de Magno Alves, revelado pelo Independente, jogava por dois resultados iguais. Foram dois empates sem gols, que garantiram o título ao "Vozão". E olha que o time de Corrêa contava com o atacante Robert, ex-Palmeiras, um dos maiores artilheiros do Brasil em 2014.

"Mesmo com o vice, fomos aplaudidos em pé pela torcida. Não faltou empenho do nosso time. Jogamos bem os dois jogos, mas não conseguimos marcar sequer um gol", lembrou.


Tragédia

Mas a dor maior ainda estava por vir. O Fortaleza fez uma Série C do Campeonato Brasileiro praticamente impecável. Além da melhor campanha - perdeu apenas um jogo para o CRB -, tinha o melhor ataque e a melhor defesa.

Mas o regulamento foi cruel com o time cearense, que está nesta divisão desde 2010. O adversário do Fortaleza na luta pelo acesso à Série B foi o Macaé. No jogo de ida disputado no Rio de Janeiro, empate sem gols. O jogo da volta foi no Castelão, que recebeu 63 mil pagantes. Um novo empate sem gols garantia o acesso ao Fortaleza.

Mas nesse campeonato, a exemplo da Copa do Brasil, o gol fora de casa tinha peso dobrado. No fim do primeiro tempo o Macaé abriu o placar com o atacante Juba, após falha do goleiro Ricardo. Restava ao Fortaleza apenas a vitória de virada.

O empate até veio com Waldison, que foi artilheiro da Inter de Limeira na Copa São Paulo de Juniores de 2003 com seis gols. O Fortaleza pressionou nos minutos finais, porém a bola insistia em não entrar. O próprio Corrêa teve uma chance bem em sua especialidade: a bola parada, mas o goleiro carioca evitou.

Com o apito final, muita tristeza no Castelão.

"Foi doído demais. Ver os mais de 60 mil torcedores cabisbaixos e chorando foi uma sensação horrível. Parecia que a gente tinha perdido um ente querido. Olhávamos uns para os outros e parecíamos não acreditar. No vestiário o clima era de velório. Era vencer o jogo e subir. Não tem um dia sequer que não me lembro dessa decepção. Dói muito. Foi a pior da minha carreira", confidenciou o jogador, que na temporada inteira jogou mais defensivamente, como primeiro volante.

2015

Mesmo com os quatro empates trágicos diante de Ceará e Macaé, que custaram caro ao Fortaleza, Corrêa caiu rapidamente no agrado do torcedor e é um dos ídolos do time.

"Fui muito bem recebido e hoje me sinto em casa. Moro num lugar bacana perto da praia do Futuro e meu filho Enrico, 9, está adaptado na escola. Pela primeira vez ele estudará dois anos seguidos no mesmo colégio. Isso é muito bom para ele. Minha esposa e minha filha Maria Clara, 4, também gostam de lá. Só faltaram as conquistas", disse.

Corrêa inclusive viveu uma noite de modelo em 2014 no lançamento da nova camisa do time, inspirada na seleção francesa. "Talvez eu seja o menos feio do nosso time", sorriu.

O limeirense está confiante que 2015 será o ano do Fortaleza.

"Estamos mais estruturados, com o pagamento em dia e com um excelente elenco, que pode fazer frente a qualquer time do Brasil. Perdemos o nosso técnico Marcelo Chamusca, mas o Nedo Xavier que foi contratado em seguida tem uma história no clube, pois passou por lá em 2011 e 2012. Temos quatro competições pela frente este ano. Além do Campeonato Cearense e a Série C do Brasileiro, vamos disputar a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste. Estou bastante confiante que será um grande ano", comentou.

O elenco do Fortaleza se reapresenta no começo desta semana e Corrêa, que completou 34 anos no mês passado, terá primeiro que dar uma passadinha no departamento médico do clube.

"Em um jogo contra o Salgueiro recebi uma joelhada de um adversário e sofri uma fissura na costela. Mesmo assim continuei jogando. O local ficava dolorido apenas para dormir. Nos jogos eu conseguia aquecer normalmente e com algumas massagens no local eu ia para campo. Mas durante um treino eu recebi outro tranco nas costas. Desta vez houve a fratura completa do oitavo arco. Usei inclusive um colete nas férias. Mas acredito que dentro de mais alguns dias eu estarei pronto para voltar ao combate. Temos que recuperar o tempo perdido", completou o volante, que cumpre mais um ano de contrato.

Corrêa, que foi revelado pelo São Bento de Sorocaba, passou também por Palmeiras, Dínamo de Kiev da Ucrânia, Atlético/MG e Flamengo.