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domingo, 9 de agosto de 2015

Filho segue os passos do pai Telmo, ídolo e maior cestinha da Winner


O pai é o maior cestinha da história da Winner com 4.129 pontos e o segundo que mais vestiu a camisa limeirense com 303 jogos, atrás apenas do pivô Jiovanni. O filho é apontado como uma das grandes revelações do basquete local, sendo convocado constantemente para as seleções de base do Brasil e hoje galgado ao time adulto da Winner.

No Dia dos Pais, comemorado hoje, uma pequena homenagem a Telmo e Leonardo Jacon, um exemplo de como deve ser a relação entre pai e filho. Uma história emocionante, que vai da superação aos ensinamentos dentro de casa.

Hoje em dia é muito difícil ver pai e filho inseparáveis. Esse mundo globalizado e bastante competitivo tirou um pouco do significado da palavra família. A essência está se perdendo com o passar dos anos. Tem pai que pouco vê o filho e filho que faz pouca questão de ver o pai. A internet e a falta de Deus no coração talvez sejam fatores determinantes para essa triste realidade.

Mas isso não acontece em todas as famílias. Há gratas exceções. Um dos grandes exemplos em Limeira é a família Jacon, do “Deus da Raça” Telmo. A união entre pai e filho chega a comover.

Telmo é aquele típico esportista que não precisa de legendas. Por onde passa é cumprimentado e abraçado. Também pudera, além de um caráter incontestável, o ex-pivô contribuiu demais para o crescimento do basquete limeirense. É respeitado e admirado por sua história de vida e hoje ensina crianças no projeto “Jogando Junto”.

Jogou pelo Nosso Clube e foi fundamental para solidificar o nome da Winner. Uma pena que em seu currículo não consta um título paulista pela equipe limeirense, mas para os torcedores, Telmo sempre será lembrado como um líder nato, um guerreiro que honrou a camisa 11 da nossa equipe.

Quando Leonardo nasceu em 27/02/1996, Telmo tinha certeza que ele se tornaria um jogador de basquete também. E o pivô fez de tudo para que o garoto gostasse da modalidade. Até uma tabela de basquete comprou e colocou no fundo de sua casa para que ele desse seus primeiros arremessos. Dito e feito, Telmo precisava até guardar energia após os treinos da Winner para brincar com o filho à noite.

Mais do que isso, Telmo fazia questão de levar Leonardo para assistir aos seus jogos, junto com sua deusa, ou melhor, sua esposa Roberta, pilar de toda família.

Aos poucos Leonardo foi crescendo, ganhando corpo e se destacando pelo Nosso Clube. Em casa, tinha um verdadeiro professor, que o orientava diariamente. O ala tinha sorte de ter um verdadeiro técnico em casa.

Humilde como o pai e ciente do que precisava ser feito para crescer no basquete, Lelê, como é carinhosamente chamado, fez tudo direitinho, passo a passo. O mais importante, antes de seguir no basquete, era virar um ser humano de caráter, responsável e dedicado. Isso ele tirou de letra. Passou fácil pelo vestibular da vida.

Lelê foi se sebressaindo, sempre acompanhado do pai. Foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-15 e disputou o Sul-Americano no Paraguai, conquistando a medalha de prata.

Chegou a Seleção Brasileira Sub-17 e foi medalha de bronze no Sul-Americano do Chile. No Sub-18 disputou a Copa América e um torneio da Nike nos Estados Unidos. Enfim, Telmo estava realizando seu grande sonho, ver seu filho seguindo seus passos.

Quando fala do filho, Telmo se emociona facilmente. Seus olhos enchem de lágrimas. Ele tenta disfarçar, abaixa a cabeça, limpa os olhos, mas não consegue. É evidente o tremendo orgulho que ele sente do prodígio. “É difícil falar do Leonardo pelas inúmeras qualidades que tem. É um filho exemplar, que luta muito no dia-a-dia. Nossa família sempre precisou superar obstáculos, mas nunca desistia. O Lelê sabe que nasceu em uma família sólida que vai sempre o apoiar”, disse.

Telmo fez questão de mostrar no que errou como jogador, para que seu filho possa chegar mais longe.

“Todos sabem e se lembram como eu era explosivo. Sempre fui um guerreiro em quadra e se precisasse, derramava até sangue pelo meu time. Mas às vezes eu extrapolava e não levava desaforo para casa.
Chegava até a trocar socos com adversários. Mas não adiantava, eu era assim mesmo e não conseguia mudar. Talvez por isso eu tenha mais perdido do que ganhado na vida. Hoje posso ensinar meu filho o melhor caminho. Ele precisa ser guerreiro como o pai, desde que com limites”, confidenciou.

Leonardo, que tem o pai como um ídolo, não tem palavras para descrever o apoio que recebe de Telmo. “Assim todos tivessem a oportunidade de ter um pai como o meu. Ele me apoia, me dá força e me incentiva. Tento seguir à risca todos os seus conselhos. Quero que ele tenha muito orgulho de mim. Minha meta é só dar alegrias à ele, retribuindo tudo o que fez por mim”, comentou.

Hoje os papéis estão invertidos e quem senta na arquibancada para ver o filho jogar é o eterno guerreiro da Winner. “É uma satisfação imensa ver meu filho praticando o esporte que joguei a vida inteira e que me deu mais alegrias do que tristezas. Mais feliz ainda pelo caçula Lucas, que está trilhando o mesmo caminho do irmão. Não tenho palavras, só agradeço a Deus pela linda família que tenho”, completou.