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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Morre o massagista Bolão, campeão com a Inter de Limeira em 1986


Mais uma notícia triste para a torcida leonina. Depois da eliminação no quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3, ontem faleceu o massagista mais famoso do clube, o carismático José Geraldo de Souza, ou simplesmente, Bolão, apelido que ganhou ainda criança, porque sempre teve um físico "mais avantajado que os demais". Desde os 10 anos ele carregava esse carinhoso apelido.

Seu primeiro emprego foi como ajudante de padeiro, mas como sempre gostou de futebol, ficava prestando atenção no trabalho do massagista, que tinha aquela caixinha cheia de remédios e ataduras com uma cruz vermelha. E assim foi nascendo o gosto pela profissão.

Quando deixou sua cidade natal, Muriaé (MG) e foi para o Rio de Janeiro, uma tia o colocou para trabalhar em um hospital como auxiliar de enfermagem. Ficou por lá oito anos e entrou na Cruz Vermelha. Fez o curso de massoterapia.

Dentro do futebol seu primeiro clube foi o Nacional de Muriaé, um time bem humilde. Porém seu sonho era trabalhar em uma equipe de ponta do cenário nacional.

Bolão fez estágio no juniores do Fluminense durante dois anos. Em seguida foi para o Democrata de Governador Valadares e retornou ao Nacional. Depois de alguns anos mudou-se para Limeira e começou a trabalhar na Internacional.

Foram 12 anos maravilhosos no Major Levy, com inúmeras conquistas. Durante esse período, a Inter conquistou o título de acesso à Primeira Divisão do Futebol Paulista em 1978 e o título de campeão Paulista em 1986, que marcou a sua carreira.

Foi uma época inesquecível, onde a amizade era muito grande entre jogadores, diretores e a própria torcida. Bolão era respeitado e admirado por todos. Ele deixou a Inter em 1992 e anos depois precisou fazer uma cirurgia cardíaca. Colocou quatro pontes de safena e acabou pegando uma infecção hospitalar nas pernas.

Ficou um ano parado, sem poder fazer nada, pois andar não conseguia mais. Somente depois de algum tempo, conseguiu caminhar, assim mesmo com muita dificuldade.

Em entrevista a Janela de João Valdir de Moraes na Gazeta de Limeira, Bolão contou que guardava mágoa em seu coração. Segundo ele, nos momentos mais difíceis de sua vida, os amigos o abandonaram. Apenas Chapéu e Tibúrcio ficaram o tempo todo ao seu lado.

Mas nem por isso deixou de amar a Internacional, seu time do coração. Para cuidar de si e da família, montou sua própria clínica e passou a atender em casa, onde sempre teve uma fiel clientela.

José Geraldo de Souza, o Bolão, era casado com Maria das Graças e deixou duas filhas, Alessandra e Cristiane.

Seu corpo está sendo velado na IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL 
R. FRANCISCO KUBE AZEVEDO, 71 - JARDIM CAVINATO
LIMEIRA - SP