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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fred: de herói a vilão do Fluminense



Tinha tudo para ser mais uma daquelas viradas históricas do nosso futebol. Aquele típico jogo que jamais sairia da cabeça do torcedor. O Fluminense era o favorito e estava prestes a golear a LDU, no Maracanã, conseguindo seu objetivo que era ser campeão da Copa Sul-Americana.
Mas Fred tratou de entrar em cena em um momento crucial da partida, mais exatamente aos 30 minutos do segundo tempo. Quando o Flu fez 3 a 0 e estava perto do quarto gol, o capitão perdeu a cabeça e foi expulso após atingir o árbitro paraguaio Carlos Amarilla com uma cabeçada. Justo ele, que tantas vitórias deu ao time carioca, nesta reação extraordinária. Que pixotada desse centroavante que tanto admiro.

Torcida deu um verdadeiro show no Maracanã



Bom, antes do jogo teve de tudo. Torcedor com bíblia nas mãos, peruca, buzina, caneta de luz, bandeira e muita reza mesmo. Os jogadores entraram em campo com uma enorme faixa agradecendo o apoio da torcida e prometendo lutar até o fim, lembrando que no domingo o time carioca terá um jogo decisivo contra o Coritiba, no Couto Pereira, precisando de um simples empate para não cair. E vai conseguir, merece isso.

Não foi o começo que o torcedor esperava. Contra o Vitória no domingo passado pelo Brasileirão, o time de Cuca abriu 2 a 0 com menos de 5 minutos de jogo. Contra a LDU, o que me assustou logo no início, foi o cartão amarelo para o zagueiro Gum aos 15 segundos, após falta violenta em Edson Mendéz, aquele mesmo que arrebentou nos 5 a 1, em Quito, marcando 3 gols. Um dos mais rápidos que eu vi na história. Aliás, Mendés não pegou na bola.

Cuca foi ousado: anunciou uma escalação para a imprensa e colocou outro time em campo, com o atacante Adeílson no lugar do zagueiro Cássio, saindo do 3-5-2 e atuando no 4-3-3, claro que pela necessidade da vitória por goleada. Acertou.

O volante Diguinho, disparadamente o melhor em campo – que pulmão invejável -, abriu o placar aos 13 minutos, com um forte chute de perna esquerda, que contou com o desvio no zagueiro para matar o goleiro Dominguéz.

Para ajudar ainda mais o time brasileiro, Delacruz foi expulso aos 18 minutos, ao atingir violentamente Diguinho, o nome do jogo. A superioridade era tão grande, que o goleiro Rafael pegou pela primeira vez na bola aos 32 minutos.

Fred, até então anuladpo, criou a primeira chance aos 40 minutos, quando girou na área e exigiu boa defesa de Dominguéz. Três minutos depois, Alan serviu o goleador na entrada da área e aí não teve jeito, bola na rede: 2 a 0.

Os jogadores do Fluminense não foram para os vestiários e ficaram o intervalo todo no gramado. Na volta para o segundo tempo, o árbitro deixou de marcar um pênalti para o Flu em um toque de mão na área.

Cuca errou ao colocar o veterano Rui Cabeção em campo. Com exceção de uma bola na trave, o ala não contribuiu em nada, só errou. Nas arquibancadas o barulho era ensurdecedor. Todos só olhavam para o relógio.

Aos 26, Conca pegou de primeira e Dominguéz fez um milagre, mandando para escanteio. Na cobrança, Gum, ex-zagueiro da Ponte Preta, marcou de cabeça, 3 a 0. O Maracanã veio abaixo.
Mas o goleador Fred colocou tudo a perder aos 30 minutos, quando perdeu a cabeça e xingou o árbitro (deu até uma pequena cabeçada no paraguaio), sendo corretamente expulso de campo. O desânimo foi total.

A esperança de título aumentou aos 36, quando o equatoriano Campos foi expulso após puxar Alan. A LDU ficou com 9 em campo e o Fluminense botou ainda mais pressão. Mas faltou um gol para levar a decisão para a prorrogação. Que pena. Torci demais para o Nense. Tinha até uma torcedora com a camisa do Vasco da Gama nas arquibancadas.

Aos 50 minutos o Fluminense teve uma falta. Quase meu pai Edmundo Silva invadiu a televisão para cabecear. Conca bateu, o goleiro espalmou e o jogo terminou. Festa da LDU e aplausos da torcida carioca em reconhecimento ao esforço de sua equipe. Parabéns pela garra.