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domingo, 10 de julho de 2011

Baeta troca o gol pela linha e vira artilheiro da Segundona do Campeonato Amador


Baeta é uma daquelas figurinhas carimbadas do Campeonato Amador de Limeira. Quem é que não o conhece? Goleiro de ótimo nível técnico, Fábio Moreira dos Santos tomou uma decisão radical e foi feliz. Ao assinar com o Tanquinho, time da Segunda Divisão do Campeonato Amador, Baeta, de 28 anos, decidiu brigar por uma posição no ataque da equipe. Isso mesmo, no ataque, abandonando de vez a camisa 1 que tanto tempo vestiu, já que os atuais goleiros de sua nova equipe eram Côco e Tito.

"Na linha temos menos responsabilidade do que no gol. Confesso que acertei em minha escolha e estou feliz pelo momento que estou vivendo. Fazer gol é bem melhor do que tomar", comentou.

Baeta marcou 6 gols em 3 jogos, média de 2 por partida. Só que tem um porém: em apenas um jogo ele foi o titular absoluto, exatamente contra o Verona no domingo passado, quando o Tanquinho goleou por 8 a 1, maior goleada da competição até agora. Foi nessa partida que o ex-goleiro mostrou que leva jeito para o setor ofensivo, marcando quatro gols.

Fã de Rogério Ceni

São-paulino roxo e fã incondicional de Rogério Ceni, Baeta tem uma grande diferença para o goleiro-artilheiro do Morumbi: nenhum de seus gols foi de pênalti ou de falta. "Foram todos de bola rolando, mas se deixarem vou arriscar umas cobranças a partir de agora", brincou.

Tímido e de poucas palavras, o sossegado Baeta tem um título de Copa Gazeta no currículo. Ele era o goleiro do Seringueira Kahel na final contra o Nova Itália, vencida por 1 a 0, gol de Léo. "Ganhar essa competição tem sempre um sabor especial. A Copa Gazeta é bastante divulgada e dá status para quem a conquista. Espero ajudar o Tanquinho a ganhar o título da Segundona deste ano e, consequentemente, vê-lo participar pela primeira vez da competição", comentou.

O presidente Albertino, que acompanhou seu jogador na entrevista feita na Gazeta de Limeira, lembrou que em 1995 o Tanquinho tinha vaga assegurada na Copa Gazeta, mas optou por desistir por falta de estrutura na época. "Agora estamos estruturados e organizados. É um sonho de todos nós. Um dia vamos participar da Copa Gazeta", lembrou.

Vida

Baeta é baiano de Salvador. Nasceu em 31/01/1983 e é filho de Anísio Moreira dos Santos e Iraíldes Moreira dos Santos, tendo cinco irmãos, três em Iracemápolis, cidade onde reside, e dois na Bahia.

Revelado pela escolinha Estrela da Manhã, Baeta tentou a sorte no futebol profissional, incentivado pelos amigos Serginho e Padovan. Jogou no XV de Piracicaba, no Rio Claro - onde se profissionalizou - e na Ponte Preta, onde atuou como titular por um ano, até se contundir. "Precisei operar o joelho e quando voltei, a Ponte acabou dispensando a maioria dos jogadores. Infelizmente eu estava nessa leva. Mas pude participar de um Campeonato Sul-Americano pelo time campineiro", lembrou.

Após deixar a Macaca, Baeta ainda defendeu a Iracemapolense, mas optou por trabalhar, passando a disputar apenas o Campeonato Amador. Já são quase dez anos na Metaltrate, onde confere peças e monta fornos, das 8 às 18h.

Não sonhava com artilharia

Baeta, de 1m81 e 77 kg, foi goleiro do América, do Seringueira Kahel e do Ypiranga e agora é o artilheiro do Tanquinho. Ele confessa que jamais sonhou com a artilharia. "Para mim está sendo novidade. As chances estão aparecendo e eu estou conferindo. Espero continuar assim, mas esse não é meu principal objetivo. Quero ser campeão com o Tanquinho", completou. Para Albertino, Baeta se destaca pelo vigor físico. "Ele joga o tempo todo da mesma forma, não desiste nunca. Tem um condicionamento físico invejável", elogiou.

Baeta explicou que o apelido vem há muito tempo. "Jogava bola em um sítio com esse nome. Meus amigos passaram a me chamar de Baeta e pegou. Hoje ninguém me chama de Fábio, só meu sobrinho", sorriu. Baeta foi se tornar mais um tormento na vida de Sebastião Reis, tudo por conta do clássico desta manhã contra o Az de Ouro. "Se bobearem vou marcar", completou.