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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Avassalador, Independente vence Olímpia e está no quadrangular final da Segundona


O Independente terá mais seis jogos para coroar com êxito essa brilhante campanha feita até aqui e voltar a Série A-3 do Campeonato Paulista, divisão da qual caiu em 2008. Com a vitória sobre o Olímpia por 2 a 1, ontem pela manhã no Estádio Comendador Agostinho Prada, o Galo terminou a terceira fase da Segundona em segundo lugar, a frente do próprio Olímpia e atrás apenas da Portuguesa Santista, que fechou vencendo o Ecus por 1 a 0, no Ulrico Mursa, em Santos.

Hoje a Federação Paulista de Futebol divulgará a tão aguardada tabela do quadrangular final. Provavelmente, a estreia galista seja fora de casa, contra o Primeira Camisa. Votuporanguense e Guaçuano completam o grupo. Os times jogarão entre si em turno e returno e os dois primeiros colocados subirão para a A-3. O outro grupo conta com Portuguesa Santista, Capivariano, Olímpia e Barretos.

JOGO

O Independente jogou ontem como um time preparado para subir. Se impôs desde o início e não deixou o Olímpia sequer jogar. Para se ter uma idéia, o goleador Jardel, que chegou a tirar o sono da zaga alvinegra pela sua altura e faro de gol, não pegou na bola, sendo um mero espectador.

Foi uma atuação firme, convincente, que encheu de esperanças o torcedor. Mas é bom lembrar que graças a Diego o adversário não abriu o placar no início. Aos 5 minutos, após toque de calcanhar de Denis, Thiago invadiu a área e bateu cruzado para a difícil defesa do goleiro alvinegro. Foi o único susto do Olímpia no primeiro tempo.

Apoiado por sua torcida, o Galo dominou as ações. Aos 11 minutos, Felipe Nunes arriscou de longe e a bola raspou a trave de Klayton. Teve torcedor que chegou a comemorar, achando que a bola tinha entrado. Três minutos depois, Gustavo cobrou uma falta da meia-direita e acertou o travessão do Olímpia.

O Independente criava, mas não convertia. O tempo ia passando e a angústia do torcedor aumentando. A zaga do Olímpia tinha trabalho, mas conseguia se segurar, já que o empate o colocava no quadrangular final. O time azul e branco abusava de cêra. Aos 34 minutos, após uma triangulação perfeita entre Murilo Silva, Matheus e Felipe Nunes, o último saiu na cara do gol e tentou encobrir Klayton. O goleiro visitante defendeu no puro reflexo.

O volume de jogo galista era tão grande que até o zagueiro Márcio tentou o gol aos 34 minutos. Ele foi avançando pela esquerda e soltou a bomba, por cima do gol. Fim de primeiro tempo e mesmo com o 0 a 0, os jogadores saíram de campo aplaudidos pela boa atuação.

A vitória

O segundo tempo foi emocionante. O técnico Parraga decidiu abrir de vez a sua equipe, sacando o volante Alexandre para a entrada do rápido Leandro Neves. Aos 4 minutos, Felipe Nunes deu uma meia-lua espetacular em seu marcador pela esquerda e cruzou na medida para Matheus. O meia pegou de primeira, mas à esquerda do gol, lamentando o gol perdido.

A vitória galista começou a ser desenhada aos 8 minutos. Petterson, que virou um especialista em lançamentos longos, apostou na corrida de Gilberto pela direita. A bola estava mais para Élder, mas o becão acreditou e tocou de cabeça, tirando do ala. Elder não viu e chutou o rosto de Gilberto. Mesmo não tendo a intenção, mas sendo imprudente no lance, o árbitro Robério Pereira Pires, bem posicionado, marcou a penalidade máxima. Ninguém do Olímpia reclamou. Gustavo deslocou o goleiro Klayton fazendo 1 a 0. Foi o sexto gol do meia, que se iguala ao lateral Thiago Pereira na artilharia do Independente.

O gol deu tranquilidade ao time da casa. Aos 13 minutos, Leandro Neves tabelou com Gustavo e cruzou da direita. Inacreditavelmente Thiago Pereira, livre de marcação, furou feio na pequena área, perdendo a chance de marcar seu sétimo gol na temporada.


O Pradão estava fervendo e o segundo gol não demorou a sair. Felipe Nunes deu uma assistência perfeita para Leandro Neves, que saiu por trás da zaga do Olímpia, tendo tranqulidade para finalizar na saída de Klayton: 2 a 0. Quinto gol do reserva de luxo.

Com 2 a 0, o Galo passou a administrar a boa vantagem. Nas arquibancadas o tempo todo se ouvia o tradicional "olé". A torcida, de antena ligada na Educadora, queria saber apenas os adversários do quadrangular final, que a todo momento mudavam.

O Independente voltou a levar perigo apenas aos 37 minutos. Matheus fez uma jogada excepcional pelo meio, deixou dois marcadores para trás e tentou o canto direito, com curva. Caprichosamente a bola bateu na trave. No rebote, Thiago Pereira mandou cruzado, para fora do gol.

Aos 39, outra boa chance criada pelo alvinegro. Felipe Nunes lançou Murilo Silva na direita e o ala cruzou para Leandro Neves. O atacante invadiu a área e só não marcou mais um, porque Klayton fechou o ângulo, impedindo o gol. Logo em seguida, Neves pediu para sair, pois voltou a sentir sua contusão. Ele foi calorosamente aplaudido, já que no meio de semana tinha desequilibrado em Suzano. O Galo também perdeu Gustavo, com um estiramento muscular na perna esquerda.

O Olímpia, que estava se classificando mesmo perdendo, melhorou com as entradas de Billy e Juninho. O Independente deu mole e tomou um gol de honra. Aos 42, Billy, ex-Inter de Limeira, fez fila na zaga galista e mandou cruzado na trave. Para azar do zagueiro Petterson, a bola voltou e bateu em sua perna, entrando. Gol contra do capitão galista: 2 a 1.

Curiosamente, o auxiliar Carlos Alberto Funari levantou seu instrumento apontando o impedimento. O árbitro Robério Pereira Pires, que teve uma atuação impecável, notou que o gol foi contra e que não havia nenhuma irregularidade no lance. Sendo assim, chamou para si a responsabilidade e corretamente validou o gol dos visitantes, que foi dado a Billy.

O torcedor chegou a temer pelo pior. A história do jogo contra a Portuguesa Santista ainda estava fresca na memória dos galistas. Mas mesmo se tomasse o empate, a equipe limeirense avançaria, pois estava sendo beneficiada pelos outros resultados, em especial a derrota do Fernandópolis para o Desportivo Brasil.

O Galo se fechou, mas ainda teve a chance de marcar o terceiro. Aos 49 minutos, Felipe Nunes escapou pela direita, entrou na área e soltou a bomba. Klayton espalmou em seu canto esquerdo. Com o apito final, festa no Pradão. Os jogadores foram comemorar com a torcida. Que beleza Galo, rumo à Série A-3. Bom também que nenhum dos pendurados recebeu o terceiro cartão amarelo e estão aptos a jogarem o primeiro duelo da fase final.

Ficha Técnica

Independente 2 x 1 Olímpia

Gols - Gustavo, de pênalti, aos 10 e Leandro Neves aos 16 minutos do 2º tempo (IN); Billy aos 42 minutos do 2º tempo (OL).
Local - Pradão
Árbitro - Robério Pereira Pires
Auxiliares - Anderson José de Moraes e Carlos Alberto Funari
Público e renda - não divulgados
Independente - Diego; Gilberto, Petterson e Márcio; Murilo Silva, Carlos Diego, Alexandre (Leandro Neves) (Thiago Blummer), Gustavo (Marcelo) e Thiago Pereira; Matheus e Felipe Nunes. Técnico - Parraga.
Olímpia - Klayton; Gelson (Gesiel), André, Zé Ílton e Elder (Billy); João Neres, Ramon, Thiago e Denis (Juninho); Jardel e Aguinaldo. Técnico - Daro Pereira.
Ocorrências - cartões amarelos para Gelson e Zé Ílton (OL).

*** Fotos JB Anthero

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