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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

No Independente, técnico Jamelli faz balanço e projeta Série A-2


*** Por Denis Suidedos

Feliz e confiante. Assim se sente Paulo Roberto Jamelli Júnior ou simplesmente Jamelli, novo treinador do Independente. Sob o seu comando, que se deu após o término da Copa Paulista, o time realizou três amistosos e venceu os três. Vitórias contra União Suzano, Seleção da Copa Gazeta e Red Bull.

Aos 41 anos e com a missão de pelo menos manter o Independente na Série A-2 do próximo ano, o treinador fez uma avaliação do início de trabalho, além de comentar sobre a responsabilidade de ter um campeonato tão competitivo pela frente.

Em conversa descontraída na manhã chuvosa da última quarta-feira, dia 30, após o último treino de 2015, o comandante técnico falou sobre várias coisas, inclusive sobre a expectativa de enfrentar, de cara, o Taubaté, do técnico Álvaro Gaia, ex-Independente.

Gazeta - Como você analisa a primeira parte do seu trabalho?
Jamelli - Contente com esse um mês de trabalho, só tenho a agradecer aos jogadores pelo empenho dos atletas que, apesar de estarmos trabalhando muito forte, entenderam a nossa metodologia e os resultados são nítidos. Quando trabalhamos com bons jogadores da linha para dentro e, principalmente, com homens da linha para fora, tudo acontece naturalmente.

Gazeta - Quanto ao elenco, o que pensa o treinador para 2016?
Jamelli - Olha, o Independente tem uma vantagem para os demais times, que é, sem dúvida, o entrosamento. Se você parar para analisar, essa base atua junta há pelo menos dois anos. Tive a sorte de pegar um time já montado, precisando apenas de alguns ajustes para implementar meu estilo.

Gazeta - Quanto ao jogo de estreia ser justamente contra o Taubaté, do técnico Álvaro Gaia, ex-Independente, muda alguma coisa no seu planejamento?
Jamelli - A vantagem é dele. O Gaia que montou esse time, foi o treinador durante vários anos, então é algo positivo para ele. Quanto estar do outro lado é um início fora de casa e temos que encarar como um desafio contra um time que está iniciando um trabalho, mas que ao mesmo tempo conhece o nosso. Temos que valorizar o trabalho que o Gaia fez aqui, pois é algo para se tirar o chapéu. Mas o futebol é dinâmico, hoje você está aqui, amanhã está em outro lugar e vida que segue. Temos que fazer a nossa parte e quanto a isso estou contente. Não podemos diminuir em nada o nosso trabalho, pelo contrário, só aumentar o ritmo para que possamos chegar no dia 31 e fazer uma grande estreia.

Gazeta - Sobre os amistosos, foram três vitórias. Agora, agendados, Ituano, Capivariano e Ponte Preta. O que você espera?
Jamelli - Sou partidário que nesta época do ano, quanto mais vezes você competir, melhor. Claro que você tem que ter uma preparação, armar o time, aproveitar essas semanas que você pode parar o treino, mandar repetir, enfim, quando começa o campeonato você quase não tem tempo. Com relação aos adversários, não gosto de fazer amistoso contra times da mesma divisão, pois quanto mais qualificado o adversário, melhor para expor nossas virtudes, mas principalmente para escancarar nossos defeitos. O amistoso serve para que possamos observar se aquilo que treinamos, em jogo, faz efeito.

Gazeta - Já se adaptou a Limeira?
Jamelli - Claro, Limeira é uma cidade que me surpreendeu muito. Temos muitos amigos aqui, como o pessoal da Arte da Bola, o próprio Gaia, enquanto técnico, me recebeu várias vezes aqui. Só esses últimos dias que parece que estamos em São Paulo, com essa garoa que cai o tempo todo, mas é tranquilo. Estou muito contente de estar aqui.

Gazeta - Está ansioso para a estreia na A-2?
Jamelli - Ah, cara [risos]. Estou como todo mundo está. Como jogador você fica com o frio na barriga, como treinador também. Quem não tem aquele frio na barriga antes do início, não tem o brilho para trabalhar em qualquer função. O principal de tudo é chegar no dia 31 é saber que fizemos um trabalho preparatório de alto nível e estar com a consciência tranqüila.

Gazeta - Inegável que, em toda mudança, existem reflexos. Os atletas já estão acostumados com o estilo Jamelli de ser?
Jamelli - Nem todos que saíram são ruins, e nem todos que chegam são os melhores. É apenas uma mudança, cada treinador tem um estilo de trabalhar e ninguém é igual. O que tentei fazer aqui é que confiando em nosso trabalho, da comissão técnica, eles estariam investindo no futuro deles, na carreira deles. Desta forma me ajudariam por tabela, mas principalmente a eles mesmos. O ambiente é muito bom e isso nos dá tranqüilidade para trabalhar.

Gazeta - Fale de alguns treinadores que você trabalhou quando jogador, e que traz ao menos alguma coisa deles para o seu dia a dia?
Jamelli - Eu tive a sorte de treinar com os dois maiores treinadores que o país já viu; Telê Santana e Zagallo. Com o Zagallo, na seleção brasileira e com o Telê, no São Paulo. Fora esses, Candinho, Geninho, Sérgio Soares, Dorival Júnior, Nicanor de Carvalho, Muricy Ramalho Paulo Autuori, enfim. Foram vários que trabalhei, tanto como atleta como na função de gerente de futebol. Minha principal missão é pegar o ensinamento de cada um, trazer para a parte moderna, até porque a ciência muda muito a cada ano, como complemento alimentar, avaliação de atletas, e transformar isso tudo no estilo Jamelli de ser. Este é o desafio, transmitir todo o conhecimento para os profissionais.

Gazeta - O que o torcedor galista para esperar para 2016?
Jamelli - Trabalho. Acho que estamos no caminho certo, pois ao lado da minha comissão técnica, diretores, parceria, atletas, enfim, todos nós temos um só objetivo que é trabalhar forte para que possamos colher os frutos na Série A-2 do Paulista. E peço ao torcedor que compareça ao estádio, apóie o time, pois o Pradão virou referência para nós. Pelo mundo da bola já se escuta que o Independente é muito forte em sua casa, até pela proximidade que o torcedor tem do campo. Vamos precisar de todos, inclusive vocês, da imprensa, e que todos tenham um ano novo repleto de muitas realizações e saúde.

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