*** Por Roberto Lucato
Enfrentar uma equipe em muita desvantagem na tábua de classificação nem sempre é uma missão fácil e a Internacional, na tarde de ontem, quase sofreu sua primeira derrota na competição. Isto porque jogou contra um adversário voluntarioso, disposto, que abriu uma vantagem de 2 a 0 nos primeiros trinta minutos de movimentação.
A equipe da Santacruzense, desde os primeiros instantes, acionava com frequencia o ponteiro Léo Torres, que se revezava com o lateral Victor Hugo nas pontadas de ataque e isso confundiu a marcação leonina.
Enquanto a Inter procurava ler a partida, o time de Santa Cruz era envolvente e trocava passes com eficiência, dando muito trabalho a Léo Iseppe e Geovane, que faziam o primeiro combate.
Mas aos poucos o atacante Lucas Vilella começava a aparecer bem pelo setor esquerdo, chegando com facilidade até a linha de fundo. O problema era que Fábio Leite e Marcos Denner se movimentavam pouco, sendo reféns dos zagueiros Araújo e Barreto.
Logo aos dez minutos, em contra-ataque, o placar sairia do 0 a 0. A bola foi lançada no setor ofesivo e o meia Gabriel percebeu a defesa da Inter abrir. Praticamente ameaçando invadir a área ele chutou escolhendo o canto e Nunes pulou atrasado: 1 a 0.
O gol da Santacuzense abateu a Inter, que não conseguia mudar sua forma de jogar, tentanto muitos toques enquanto a partida exigia mais velocidade e deslocamentos.
A equipe da casa se fechou inteira na defesa e em outro contra-ataque, aos 30, ampliaria sua vantagem. O lateral Victor Hugo tabelou com Léo Torres e recebeu na entrada da área. Ele arriscou, o tiro saiu mascado e mais uma vez Nunes foi mal para a bola, que entrou fraca em seu canto esquerdo.
Quando o resultado parecia ir para os vestiários, a Internacional diminuiu aos 40 minutos, depois que Lucas Vilella tabelou com Boré e invadiu a área. O zagueiro Araújo tentou interceptar e cometeu penalidade, cobrada com tranquilidade pelo atacante Marcos Denner para fazer 2 a 1.
O técnico leonino mexeu no intervalo, promovendo a entrada de Marcão no lugar de Léo Iseppe. Porém, sua principal contribuição para a construção do empate foi alterar a postura de seus comandados, que compreenderam que os toques refinados não eram exatamente a melhor forma de chegar ao gol.
O time voltou mais aguerrido, passando a marcar na defesa adversária e a chutar mais. Marcos Denner aos 30 segundos poderia ter empatado, chutando na trave e aos 15 minutos foi a vez de Geovane experimentar, levando perigo.
O goleiro da Santacruzense, que praticamente foi um mero observador na primeira etapa, começaria a trabalhar dobrado, dado ao volume de jogo alvinegro limeirense.
Aos 27 minutos o zagueiro Murilo Henrique subiu mais que todos e testou forte, obrigando Braz a praticar boa defesa depois da cobrança de um escanteio. Aos 30, depois de mais um tiro esquinado, foi a vez de Lucas Vilella mandar no travessão.
A entrada de Pablo também foi positiva, pois ele passou a fazer variações ofensivas e dificultava a marcação. Marcão, meio desengonçado, quase empatou aos 38. Ele girou e chutou dentro da área e o goleiro rebateu; Pablo se aproveitou do rebote e arrematou por cima.
O empate leonino aconteceria apenas aos 39 minutos depois que Thiaguinho bateu de primeira, de fora da área, aproveitando novo rebote. Um golaço.
Até os 49 minutos a Inter perderia chances inacreditáveis para desempatar, com Tiaguinho, Pablo e Marcos Denner, mas todas elas, se não paravam nas mãos de Braz, paravam nas traves.
Foi uma pressão muito grande, mas o empate acabou por ser decretado. Um resultado que, se não foi dos melhores para a Inter, pelas circusntâncias do jogo, foi bom.
Ficha Técnica
Santacruzense 2 x 2 Internacional
Gols - Gabriel aos 10 e Victor Hugo aos 30 minutos do 1º tempo (SC); Marcos Denner aos 40 minutos do 1º tempo e Thiaguinho aos 39 do 2º tempo (IN).
Local - Estádio Deputado Leônidas Camarinha, em Santa Cruz do Rio Pardo
Árbitro - Jander André Bandeira
Auxiliares - Edson Rodrigues dos Santos e Diego Morelli de Oliveira.
Público - 237 pagantes
Renda - R$ 3.740,00
Santacruzense - Braz; Rodolfo, Araújo, Barreto e Vitor Hugo; Bruno Mineiro (Lucy), Tcho, Netinho (Robinho) e Gabriel; Neto Mineiro e Leo Torres (Gabinho). Técnico - Iran Spagnol.
Internacional - Nunes; Luan, Rodrigão, Murilo Henrique e Boré; Léo Iseppe (Marcão), Geovane, Fábio Leite e Léo Gonçalves (Pablo); Marcos Denner e Lucas Villela (Tiaguinho). Técnico - Betão Alcântara.
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