Precisando vencer para não depender de nenhuma combinação de resultados, a Inter abriu o placar logo aos 2 minutos. No escanteio cobrado por Cecel na direita, Marcelão subiu no oitavo andar e escorou de cabeça, no ângulo esquerdo de Tom, que viu a bola entrar bonita na rede. Explosão de alegria no Limeirão. Era a Inter construindo sua classificação.
Só que o Joseense era perigoso. Tinha variação de jogo e seus homens de frente eram leves e rápidos. Não era à toa que o time era o terceiro melhor visitante da A-3. Michel França era o que mais dava trabalho.
A Inter não sabia aproveitar os contra-ataques e a lentidão às vezes atrapalhava. Rodrigo Hote e Alex Cambalhota recebiam marcação individual e tinham dificuldade. Os alas leoninos não estavam em um bom dia e deixaram a desejar. Em contrapartida, sobrava raça para Bruno Ré e Rodney, dois verdadeiros leões em campo.
Aos 30 minutos, faltou experiência para a Internacional. Rodney estava sendo atendido fora das quatro linhas quando o Joseense ganhou um escanteio. Na cobrança a defesa afastou e a bola caiu nos pés de Alex Cambalhota. Só que o atacante ao tentar recuar para Tatá, passou nos pés do meia Gui, que foi sozinho em direção ao ataque. Quando a marcação se aproximou, o meia fez um passe preciso para Michel, que foi competente e tocou por baixo do goleiro Alex: 1 a 1. O clima esquentou nas cativas, pois a comemoração dos dirigentes do Joseense foi excessiva.
O gol deixou preocupado os leoninos. Catanoce, até então calmo, passou a gesticular com seus jogadores, pedindo mais pegada. O problema é que a Inter tinha dificuldade para adentrar na área do time do Vale do Paraíba, que se fechou de vez após o empate.
Sem grandes pontadas no ataque, os jogadores leoninos arriscavam chutes de fora da área. Rodney mandou para fora aos 33 minutos, enquanto Alex Cambalhota aos 38, recebeu de Cecel, cortou seu marcador, porém chutou no meio do gol para a defesa de Tom.
Aos 39, a Inter desperdiçou uma grande oportunidade. Goiano desceu livre pela direita e foi servido por Cecel. O ala soltou uma bomba cruzada, à esquerda de Tom.
Os times voltaram com a mesma formação para o segundo tempo. Aos 3 minutos, susto na torcida leonina. Falta cobrada por Gui da meia-esquerda, que passou rente a trave de Alex.
A Inter parecia sem força. Seus homens de frente não conseguiam passar da forte marcação do time de São José dos Campos. Os zagueiros Villa a Pablo rebatiam todas.
Já os resultados não ajudavam também. A Inter só se classificaria com um empate, se o Independente vencesse em Rio Preto e desse empate em Marília. Só que o Mac abriu 2 a 0 no Taubaté, forçando a Inter vencer. Foi então que Catanoce sacou Goiano e colocou Juninho para abrir a defesa rival. Desta forma, Rodney foi deslocado para a ala.
Em uma das raras escapadas pela direita, bola cruzada para Rafael, que pegou de primeira. Mas o gramado atrapalhou o volante, que mandou longe do gol. Não demorou muito e Catanoce tirou o apagado Rodrigo Hote para a entrada de Adriano, ex-Rio Claro FC.
Aos 12 minutos por pouco a casa leonina não caiu de vez. Douglas, em jogada individual, deixou quase toda defesa para trás e tocou de lado para Gui. O meia ficou cara-a-cara com Alex e bateu no canto. Milagre do goleiro leonino, que teve seu nome ovacionado pela torcida.
A Inter não criava e o Joseense não queria jogo, satisfeito com o empate que lhe colocaria no quadrangular final. O gol só poderia sair de uma bola parada e foi exatamente o que aconteceu. Aos 33 minutos, falta cobrada por Cecel pela direita. Bruno Ré ganha no alto do zagueiro e Alex Cambalhota, sempre ele, provando todo seu oportunismo, desvia na pequena área, matando o goleiro Tom. Festa leonina no Limeirão como há muito tempo não se via. Cambalhota, artilheiro do time com 6 gols na A-3, foi comemorar com a torcida na descoberta.
O gol abalou de vez o Joseense. O técnico Rafael Guanaes colocou Renato e Alan para aumentar o poder ofensivo, mas foi a vez da Inter se fechar. Foram minutos de angústia e sofrimento, uma vez que o empate tiraria o alvinegro do campeonato.
O time do Vale do Paraíba passou a levantar bolas para a área leonina, mas em todas elas o impecável Bruno Ré cortava. E que raça dos leoninos. Carrinhos e divididas. Uma entrega total em campo. Com o apito final, a festa se intensificou. Gente chorando, tirando a camiseta, festejando no alambrado e gritando: "Leão do meu coração". Foi de arrepiar.
Campanha
A Inter encerra sua participação na primeira fase da A-3 em quinto lugar, com 32 pontos. Foram 19 jogos, com 9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, tendo marcado 29 gols e sofrido 24, saldo de 5 gols.
O Leão estará no Grupo 2 no quadrangular final da A-3 ao lado de São Bento, Itapirense e Sertãozinho. A estreia na segunda fase será no fim de semana contra a Itapirense, no Limeirão. Muito provavelmente esse jogo será no sábado (17h, 18h ou 19h), uma vez que no domingo o Guarani receberá o União Barbarense, no mesmo local, pelo Paulistão. O Brinco de Ouro está interditado.
Para esta partida o técnico Catanoce perdeu o zagueiro Marcelão, suspenso pelo terceiro amarelo. A tabela completa será divulgada hoje pela FPF.
Ficha Técnica
Internacional 2 x 1 Joseense
Gols - Marcelão aos 2 do 1ºT e Alex Cambalhota aos 33 do 2ºT (IN); Michel França aos 30 do 1ºT (JO)
Local - Limeirão
Árbitro - José Cláudio Calógero
Auxiliares - Everaldo Jorge da Silva e Marcelo Ferreira da Silva
Público - 2.862 pagantes
Renda - R$ 30.490,00
Internacional - Alex; Goiano (Juninho), Marcelão, Bruno Ré e Tatá (Matheus); Rodney, Rafael, Jô e Cecel; Alex Cambalhota e Rodrigo Hote (Adriano). Técnico - Paulo Cezar Catanoce.
Joseense - Tom; Neno, Pablo, Villa e Álvaro; Amsterdã (Alan), Ângelo, Douglas e Gui (Renato); Gregory e Michel França (John). Técnico - Rafael Guanaes.
Ocorrências - cartões amarelos para Marcelão (3º) e Jô (IN); Tom, Nuno, Villa e Ângelo (JO).
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