1) Lucas Moraes apostou em uma parceria muito boa e séria. A maioria dos jogadores já se conhecia, o que facilitou o trabalho no início da A-3. Pra mim foi uma atitude acertada do presidente. Essa parceria cumprirá um ano e meio de contrato. Bom para o clube, que vai se estruturar cada vez mais.
2) Todos os jogadores ganhavam o mesmo salário para aumentar a união do elenco, com exceção do goleiro Diego, que teria sido contratado por uma imposição da diretoria. Matteus também. Os dois vão embora. Diego sempre terá crédito e o respeito do torcedor por seu histórico no clube.
3) Independente tomou muitos cartões durante o campeonato e desta forma, Álvaro Gaia não conseguia repetir a mesma escalação quase nunca.
4) Independente teve seu nome exposto na mídia nacional com a agressão de Sassá ao árbitro Maurício Antônio Fioretti. Infelizmente, manchou o clube. O becão foi perdoado e vai disputar a Copa Paulista.
5) O Independente mereceu o apelido de "Pirotécnico", dado por Denis Suidedos. Na primeira fase teve excelentes exibições. Empolgou sua torcida como aquele inesquecível time de 2005. Foram atuações incontestáveis.
6) Toda parceria vive da venda de jogadores. O Independente não teve como fugir do forte assédio de times de ponta do Brasil, como o Atlético/PR e Bragantino.
7) Para muitos, o Independente errou ao negociar seus destaques justamente na reta final da A-3. Mas por outro lado, era aceitar ou perder o negócio. Entento as duas partes.
8) Para mim o ponto crucial da queda de rendimento do Galo na reta de chegada foi a contusão de Chuck. No momento em que o boneco assassino saiu do time, Álvaro Gaia não encontrou no elenco um jogador com as mesmas características, que abrisse as defesas adversárias pelos flancos.
9) Sem Chuck, lesionado após a vitória espetacular sobre o Flamengo de Guarulhos por 2 a 1 na abertura do quadrangular final, o Galo não venceu mais, repare. Gaia apostou em Tiagão e David, jogadores altos e de área, e com isso, mudou seu esquema de jogo. As defesas adversárias agradeceram.
10) Além de Chuck, o craque Diogo, que além de artilheiro histórico do time, vinha liderando o Galo dentro de campo, sofreu uma contusão em Marília. Fim da A-3 para o craque, que não readquiriu mais a confiança. Perdeu velocidade e jogou com medo as partidas finais. Uma pena. Mas tem crédito.
11) Outro ponto que precisamos destacar. Às vésperas do jogo decisivo contra o Marília, no Pradão, Matteus teve uma forte virose. Jogou no sacrifício e não rendeu nada. Tinha que dar essa virose justo naquele dia?
12) A forte discussão nos vestiários, no intervalo do jogo contra o Batatais no Pradão, assinou o atestado de óbito do Indepedente. Dali para frente, infelizmente, o Galo perdeu seu foco. A confiança foi substituída pela desconfiança.
13) A derrota em Guarulhos já era esperada, até pela torcida, pois tivemos poucos galistas no estádio. Todos sentiam que a missão não seria nada fácil, como não foi. Só não precisava ser de goleada.
14) Para um time que nunca havia se classificado para um quadrangular final de A-3, acho que o primeiro ano desta parceria no clube foi mais positiva do que negativa. Tomara que esses erros não sejam cometidos em 2014.
15) Tiro o chapéu para o gerente de futebol Marcos Bruno. Esse cara trabalha demais e tem uma relação excepcional com a imprensa. Ele vive 24 horas o Independente e ficou demais aborrecido com os jogos finais do Galo, assim como todos nós da imprensa. Abatimento total.
16) Parabéns para a torcida do Independente, que voltou a apoiar o time. Fazia tempo que a gente não via bons públicos no Pradão. Esse Galo provou que o seu torcedor ainda sente amor pelo clube, mesmo com as campanhas ruins dos últimos anos. Que sirva de lição.
Goleiros
Diego Cavalieri (Fluminense)
Jéfferson (Botafogo)
Júlio César (Queens Park Rangers-ING)
Laterais