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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Atacante limeirense Matheus Siqueira pode ser campeão polonês no sábado



Como "santo da casa não faz milagre", o jeito é ser feliz e ter sucesso em outro lugar, ou melhor, em outro país. O atacante Matheus Siqueira, de 24 anos, filho do querido Valdir Siqueira, o "Tatão", atual presidente do Santa Rosa no Amadorzão, e de Cláudia Siqueira, pode conquistar mais um título em sua carreira como jogador de futebol profissional.

Seu time, o modesto LZS Piotrówka, pode conquistar no próximo sábado, o título da 4ª Divisão do Campeonato Polonês. Com dois pontos da vantagem sobre o segundo colocado, graças a goleada sobre o Olimpia Lewin Brzeski por 5 a 1 na rodada passada, sua equipe precisa de uma vitória simples diante do Tor Dobrzén Wielki.

Quando Siqueira se apresentou no país do eterno Papa João Paulo II, sua equipe figurava apenas na quinta colocação. Depois de ser avaliado em alguns treinos, rapidamente ganhou a condição de titular. Não demorou muito e após algumas rodadas, o limeirense já era o principal artilheiro do time com 10 gols, sendo considerado uma peça fundamental no esquema tático.

Segundo contou Tatão, existem cinco divisões na Polônia.

"Meu filho está apenas na quarta, mas em razão do bom futebol apresentado e pelos gols que vem marcando, já recebeu algumas propostas de trabalho, entre elas de um time da Extra Classe, divisão acima da primeira, que conta com dois brasileiros. Isso é um motivo de muito orgulho para minha família", contou.

Não é de hoje que Matheus Siqueira vem brilhando fora do país. No ano passado, defendendo o Al Orooba, o limeirense foi vice-artilheiro nos Emirados Árabes Unidos com 17 gols, um a menos que o uruguaio Herrera, ex-Corinthians e Botafogo/RJ.

Início

Matheus Siqueira começou a jogar futebol na escolinha dos Metalúrgicos, em Limeira, com os irmãos Lopes. Se destacou e acabou defendendo em seguida o Rio Branco de Americana e o São Bento de Sorocaba.

Em razão de algumas decepções no futebol, abandonou momentaneamente a carreira e passou a trabalhar na Ajinomoto. Mas como o futebol ainda corria por suas veias, foi o principal nome de sua empresa nos torneios do Sesi e do 1º de Maio.

"Não adianta, ele era diferenciado dos demais por sua habilidade. Um empresário de São Paulo, que estava assistindo a um dos jogos, gostou dele e o convidou para jogar no Campeonato Brasiliense. Ele então aceitou e foi para o Distrito Federal tentar novamente a carreira de jogador", lembrou.

Mas o futuro estava mesmo fora do país. Porém, Tatão não esconde a mágoa de alguns empresários da cidade.

"Quando meu filho estava defendendo o Santa Rosa no Amadorzão, fez alguns testes aqui. Disseram que ele não tinha qualidade técnica. Isso é uma coisa que não me conformo e não entendo até hoje. Mas Deus sabe o que faz. Foi preciso ele jogar nos Emirados Árabes e agora na Polônia para ter um pequeno reconhecimento em sua cidade natal. Mas o futebol é assim, nunca vai mudar", desabafou.

Tatão, que visitou o filho quando o mesmo jogava nos Emirados Árabes, ainda não foi para a Polônia, mas espera fazer isso ainda este ano.

"Se realmente ele continuar no futebol polonês no segundo semestre - espero e torço para que continue -, vamos visitá-lo em setembro. A saudade é muito grande. É difícil falar do meu filho e não encher os olhos de lágrimas", completou.

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