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domingo, 3 de julho de 2011
Artilheiro do Amadorzão passou em peneira na Inter de Limeira, mas não foi chamado
O jovem e promissor Lennon, de 20 anos, maior artilheiro do Campeonato Amador de Limeira deste ano com sete gols em dois jogos pelo caçula Dinamarca, tinha tudo para ser um jogador frustrado. Mas não é.
Ele participou de uma peneira com 200 garotos na Internacional em 2009 e foi aprovado ao lado de mais oito. Para sua surpresa, não foi chamado pelo técnico Betão Alcântara para integrar o time Sub-18, ficando de fora da Copa São Paulo de Futebol Juniores de 2010, ano em que o "Leãozinho" acabou eliminado pelo Cruzeiro nas oitavas de final.
"A ansiedade quase me matou. Não saia de casa a espera de um telefonema, e nada. Quando li que o grupo estava fechado, me decepcionei. Fiquei um tempo desiludido, sem vontade de fazer nada, mas entendi que era jovem demais para tal frustração. Reuni forças novamente e se Deus quiser, ainda vou jogar profissionalmente. Tenho fé que algo está escrito para mim". Vale lembrar que desta mesma peneira citada acima surgiram Rodnei, Rato e Zé Carlos para o "Leãozinho".
Apelidado no bairro onde mora de Neymar do Amador por ser rápido e driblador como a fera do Santos, Lennon vem fazendo estragos nas defesas rivais no começo desta temporada. Sua média é de 3,5 gols por partida.
Dívida de gratidão
Apesar de ter propostas tentadoras de times da Primeirona, já que marcou 7 gols pelo Central no ano passado, Lennon decidiu pagar com gratidão todo o carinho que recebeu no início de sua carreira do amigo Jucelino José dos Santos, o "Du", presidente e técnico do Dinamarca.
"Foi o Du quem me levava nas partidas quando criança e me incentivava a jogar. Seu sonho era comandar uma equipe amadora e esse ano surgiu essa oportunidade. Quando ele me contou que tinha inscrito o Dinamarca na Terceirinha fiz questão de ajudá-lo. Foi pura consideração mesmo. Devo muito a ele. Tomara que eu possa dar de presente o acesso à Segundona. Temos time para isso e de minha parte, vontade não faltará", explicou.
Vitórias e gols
Em dois jogos até agora, o caçula marcou 9 gols, 7 do goleador. Na estreia, goleada sobre o Botafogo por 7 a 1, no Marrafon Novo e no domingo passado, 2 a 1, de virada, sobre o Guerreiros do Sul, no Abílio Pedro.
"Nessa partida perdíamos por 1 a 0, quando eu empatei com uma cobrança de pênalti. Meus companheiros quase me mataram, pois usei a cavadinha, igualzinha a do Neymar. Me chamaram de irresponsável, mas sabia que iria marcar, pois o goleiro pulava demais", revelou.
O líder Dinamarca, que ainda está a procura de um patrocinador, apostou todas as suas fichas no velho volante Nheca, um dos jogadores mais experiente do Amador, com uma passagem bastante positiva pelo Cosmos.
"O cara tem quase 40 anos e corre como um menino. Todos o respeitam muito. É o nosso líder em campo, nossa referência", elogiou.
Lennon confidenciou que tinha chances de brigar pela artilharia do ano passado com Andinho, do América, mesmo jogando pelo modesto Central.
"Fiz 7 gols e sofri 10 pênaltis, só que o cobrador oficial do time era o Lucas. Sou assinante da Gazeta principalmente pela cobertura que é feita no Campeonato Amador. Fico por dentro de tudo", contou.
Homenagem a John Lennon
Com 1m72 e 62, esse corintiano que tem o nome em homenagem ao saudoso cantor John Lennon, é filho de Raimundo Nonato Pessoa de Miranda e Rosemeire Selvino da Silva, tendo dois irmãos, Edir, de 18 anos e Fernanda, de 16.
Soldador da empresa Mastra, onde trabalha das 16h às 1h, Lennon sonha em brilhar pelos gramados do Brasil, quem sabe em um time de ponta. Humilde, ele não esquece de lembrar de dois amigos em especial.
"Devo muito ao meia Evandro, que é o nosso Ganso. Ele é canhoteiro, habilidoso e me coloca na cara do gol a todo momento. Também ao Robinho do Bar, que sempre está nos ajudando no terceiro tempo. Nosso time é simples, bem de vila mesmo, mas unido de verdade", completou.
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