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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Futebol chora com a despedida de Sorín


Hoje à noite estará se despedindo dos gramados um dos melhores laterais do mundo, talvez o melhor que a Argentina conheceu. Juan Pablo Sorín, o mais brasileiro dos argentinos, vai pendurar as chuteiras e no palco onde sempre brilhou: o Mineirão, em partida amistosa entre o Cruzeiro e o Argentino Juniors, às 21h50.
Sempre fui lateral-esquerdo, modesto é claro, e admirava dois jogadores de minha posição: Athirson nos áureos tempos de Flamengo e Juan Pablo Sorín eram minha fonte de inspiração. Tanto é verdade, que usava cabelo comprido e crespo, imitando ambos. Depois cortei para fazer o Tiro de Guerra em 1994.
Para se ter uma idéia, quando fui visitar os principais estádios da Argentina em 2004, a primeira coisa que fiz foi procurar o lateral Sorín, afinal sou brasileiro e ele adoro nosso país. Até hoje guardo com carinho a sua camisa número 3, da seleção. Vira e mexe eu faço questão de usá-la. Tenho 580 camisas oficiais de coleção, mas a do Sorín é uma das que eu mais gosto.
De qualquer forma, não podia deixar de escrever em meu blog sobre esse extraordinário jogador, um dos alas mais modernos que vi jogar e uma simpatia acima do comum. Que pena que não verei mais esse argentino atuando pela lateral. Dificilmente nascerá outro Sorín na Argentina. Obrigado por nos encantar e me inspirar!

Confira toda a carreira do ala Sorín

Juampi, como é conhecido na Argentina, começou sua carreira no Argentino Juniors, onde em 20 jogos marcou 1 gol. Depois de defender a Argentina no Mundial Sub-20, foi comprado pela Juventus de Turim, da Itália. Mas não foi aproveitado como deveria, tendo atuado em apenas 4 partidas.

Sorín voltou para o seu país em 1996 para jogar pelo River Plate. Foram 150 jogos e 20 gols. Foi um dos melhores momentos de sua carreira, conquistando três campeonatos Torneios Apertura (1996, 1997 e 1999, um campeonato Clausura (1997), uma Taça Libertadores da América (1996) e uma Supercopa da Libertadores (1997).

Depois de 4 temporadas, aceitou o convite do Cruzeiro. Foram duas temporadas pelo time mineiro, tempo suficiente para virar ídolo entre os torcedores, por sua raça e determinação. Sorín disputou 111 jogos pela Raposa, marcando 17 gols. Ele foi importante na conquista de uma Copa do Brasil.

Sorín voltou para a Itália, desta vez na Lazio. A exemplo do que tinha ocorrido na Juventus, o ala jogou somente 11 partidas e acabou emprestado ao Barcelona da Espanha. No time espanhol foram 15 jogos e apenas 1 gol. Sua estreia foi no empate com o Atlético de Madrid por 2 a 2, em 09/02/2003.

Em seguida foi parar no Paris Saint Germain, onde em 30 jogos marcou 2 gols. Ele fez parte da conquista da Copa da França.

O Cruzeiro continuava vivo em sua memória e um novo retorno ao Brasil aconteceu em 2004, para delírio dos cruzeirenses. Foram mais 9 jogos e 1 gol, até pintar uma transferência para o Villareal, da Espanha. Sorín foi uma das peças importantes do time espanhol. O Villareal chegou até as semifinais da Liga dos Campeões, onde acabou eliminado pelo Arsenal. Foram 60 jogos e 8 gols do argentino.

Após a Copa do Mundo da Alemanha em 2006 - sua Argentina foi eliminada nos pênaltis pela seleção anfitriã -, Sorín foi disputado por várias equipes, mas assinou contrato com o Hamburgo, da Alemanha. Foram 26 jogos e 4 gols. Porém, o ala sofreu com contusões em série, o que acabou lhe atrapalhando.

Quando seu contrato expirou em 15 de julho de 2008, retornou ao Cruzeiro em 29 de agosto de 2008, em sua terceira passagem pelo clube mineiro. Foram mais 6 jogos.

Na partida em que o Cruzeiro goleou a Portuguesa por 4 a 1, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2008, Sorín demostrou todo seu amor pelo clube e pela torcida. Antes de a bola rolar, o jogador foi até a arquibancada e como um fanático torcedor do clube vibrou com todos que estavam presentes no Mineirão. Foi um momento de alucinação, de êxtase dos torcedores. Já em 28 de julho de 2009, aos 33 anos, Sorín anunciou o fim de sua carreira profissional.

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