No Brasileirão, o São Paulo foi impecável no clássico contra o Palmeiras, domingo no Morumbi. Marcou e jogou demais. Que raça. Que pegada. Se não fossem pelas defesas espetaculares do goleiro Fernando Prass e da individualidade de Rogério nos minutos finais, o placar teria sido elástico. Aos poucos o Tricolor vai sendo modelado por Edgardo Bauza.
Palmeiras ficou devendo futebol. Cuca anda muito arrogante nas coletivas, achando que tem um super time nas mãos. Não é bem assim. E olha que sempre fui fã deste treinador. Ele subestimou demais o São Paulo escalando o Palmeiras com quatro jogadores de frente. Pagou um preço caro por isso. Alguém viu o Gabriel Jesus em campo?
Se quiser ser campeão, o Palmeiras precisa somar pontos como visitante. Até agora, em sete visitas sob o comando de Cuca, o Palmeiras só venceu uma vez. Na quinta recebe o perigoso Grêmio, que ainda não tomou gol na competição. Será uma pedreira.
Paulo Henrique Ganso já está merecendo uma nova convocação para a seleção brasileira. Hoje está jogando mais até que Lucas Lima, que virou o xodózinho de Dunga. Contra o Palmeiras, Ganso fez uma de suas melhores partidas pelo São Paulo. Comeu a bola e foi recompensado com um gol.
Alguns lances capitais do clássico. Na minha opinião, Wesley fez falta em Dudu no lance que originou o gol de Ganso. Por outro lado, Thiago Santos merecia ser expulso em duas ocasiões no primeiro tempo: na entrada maldosa que deu em Ganso e ao tocar a mão na bola em um levantamento para a área. Árbitro Ricardo Marques Ribeiro foi mal no clássico.
E o Zé Roberto hein? Não dá mais para jogar na defesa do Palmeiras. Kelvin deitou e rolou em cima do veterano. Cuca precisa colocá-lo no meio de campo. O vovô ainda tem bola para jogar como titular, mas em posição certa.
Ainda não cheguei a conclusão se Alecssandro não teve mesmo a intenção de acertar Denis. Reparem que o atacante do Palmeiras chuta a bola no rebote, mas deixa a chuteira escorregar até o rosto do goleiro. Poderia evitar o choque. De qualquer forma, Alecssandro é boa gente e tem caráter. Espero que não tenha sido de propósito. Foi um clássico de seis pontos: três em campo e três no rosto do arqueiro.
O Corinthians venceu na Ilha do Retiro sem jogar um futebol exuberante. A lentidão na transição entre meio de campo e ataque anda me incomodando. Não é o Timão que a torcida está acostumado a ver. Novamente brilhou a estrela de Tite, que colocou Lucca em campo e oito minutos depois ele abriu o placar. Com esse time, alvinegro brigará apenas por vaga na Taça Libertadores.
O Santos por sua vez, perdeu uma invencibilidade que durava 29 jogos. Eram 10 meses sem derrota na Vila Belmiro. Foi a pior apresentação disparada do Peixe na temporada.
Mas é bom lembrar que o Santos sentiu a falta de suas estrelas: Gabigol e Lucas Lima que servem a seleção brasileira e Ricardo Oliveira, machucado. Peixe deixou o gramado após a derrota para o Inter/RS por 1 a 0 sob enorme vaia e mostrando que precisa urgentemente de reforços.
Mais uma vez a polêmica sobre o "fair play". Você amigo leitor pode até não concordar comigo, mas o técnico português do Cruzeiro, Paulo Bento, tem razão. Tem que acabar isso no futebol. Existe muita cera. Jogador cai no gramado quando está conquistando um bom resultado, seu companheiro joga a bola para fora e o adversário a devolve. É um tempo precioso que ele ganha. Sou contra.
Fazia tempo que eu não dormia no sofá em um jogo da seleção brasileira. Não dá mais meu amigo. Não consigo mais torcer ou vibrar com um gol. Vejo a seleção e logo lembro dos dólares em abundância que cada jogador ganha. Os enormes fones no ouvido e a máscara por todos os lados. Abandonei a seleção e faz tempo.
Mas, como escrevo e vivo do futebol, assisti o teipe ontem pela manhã. Brasil jogou para o gasto contra o Panamá. Não acho que Dunga esteja no caminho certo. O Brasil não consegue me convencer.
Tive o prazer de acompanhar dois treinos da seleção panamenha no final do ano passado, em uma competição que transmiti no Panamá. Conversei demoradamente com o técnico Hernán Darío Gomez. Ele faz um trabalho intenso no país e conta com bons jogadores. Gomez, que é colombiano, é fã do futebol brasileiro e me tratou muito bem.
Gabigol será o próximo a deixar o futebol brasileiro. Tem muito potencial. Se já era cobiçado pelos gigantes europeus, com o gol que marcou no amistoso contra o Panamá, o Santos que prepare o cofre, pois vem grana pesada para a Vila Belmiro. É um jogador novato, porém muito preparado. Diríamos que pronto. Será um dos melhores do mundo no máximo em três anos. Basta ter a cabeça no lugar.
Triste o fim de mais uma equipe de basquete. O São José anunciou o fim de suas atividades e se junta a Winner/Limeira, deixando uma legião de fãs órfãos. Com essa crise, tenho medo que mais times abandonem a bola laranja, justo agora que o NBB está crescendo. Rio Claro segue resistindo.
Por outro lado, o Campeonato Paulista de Basquete terá as voltas de Corinthians e Palmeiras. Bom é que ameniza um pouco os desempregos. Uma coisa é certa, ou os jogadores baixam seus exorbitantes salários, ou mais equipes literalmente "abrirão o bico". Ao contrário do futebol, o basquete tem pouco retorno e não há vendas de jogadores. Quem paga mais, leva.
Curiosidade do dia: O Internacional/RS é o único clube a sagrar-se campeão brasileiro invicto. Foi em 1979, quando disputou 22 jogos, venceu 15 e empatou 7.
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