O Independente jogou de igual para igual com a Portuguesa ontem à noite no Canindé, mas a Lusa foi mais competente e com muita garra, foi buscar a virada, mesmo estando duas vezes atrás do placar. Apesar da derrota doída, foi um grande jogo.
A defesa do Galo foi valente no primeiro tempo e segurou o ímpeto inicial do time da casa, que contava com pouco mais de mil torcedores apoiando, provavelmente em razão da chuva. Apenas aos 33 minutos, a Portuguesa assustou. No cruzamento da esquerda de Anderson, Murilo não cortou e Gustavo Tocantins finalizou na rede pelo lado de fora.
Já na primeira boa chegada do Independente, Eric Mamer tentou cruzar da esquerda e o lateral Cesinha cortou com o braço. Pênalti marcado pelo árbitro Cleber Luís Paulino. Romarinho cobrou forte e no canto, sem chances para Luiz Carlos: 1 x 0. Foi seu sexto gol em 33 jogos com a camisa do alvinegro.
O goleiro Marcelo Bonan mostrava muita firmeza em sua meta, impedindo o empate lusitano nos arremates de fora da área. Aos 43, a torcida reclamou de um possível toque na mão de Matheus Leal na área. O árbitro nada marcou e foi pressionado para os vestiários no intervalo.
O segundo tempo foi eletrizante. Logo aos 3 minutos, na falta cobrada por Anderson na meia-direita, Gustavo Tocantins completou na segunda trave, empatando para a Portuguesa: 1 a 1.
Mas o Galo não se abateu e chegou ao segundo gol três minutos depois. No escanteio cobrado pela direita por Romarinho, Diogo subiu bem de cabeça para conferir: 2 a 1. Foi seu 14 gol pelo Galo em 42 jogos, tornando o maior artilheiro galista no século 21.
O maior problema é que a Lusa não se abatia. Aos 10, Gustavo Tocantins fintou Murilo, tirou Diogo do lance e de bico, quase empatou. Aos 17, o lance capital da partida. Pênalti claro em Eric Mamer na solada do zagueiro Rafael Zuchi na área. O árbitro não marcou. Com 3 a 1, dificilmente o Galo sairia derrotado do Canindé.
Aos 18, grande defesa de Marcelo Bonan no chute de Nathan. Até que aos 24, Diego recebeu na área e chutou em cima de André Pastor. A bola explodiu no braço do zagueiro e o árbitro, sem pestanejar, apontou a marca da cal. Pênalti que Bruno Mineiro usou a cavadinha para empatar: 2 x 2.
O Canindé virou um caldeirão e o Independente sentiu. Acuado, o Galo sofreu uma intensa pressão do rival, que buscava a vitória para entrar no G-8. Aos 27, em jogada individual do lateral Cesinha, a bola tirou tinta da trave de Bonan. Dez minutos depois a casa caiu definitivamente. No escanteio cobrado por Anderson pela direita, um desvio na primeira trave complicou a defesa galista e Gustavo Tocantins apenas completou no segundo pau: 3 x 2.
Se a situação já era complicada, ficou ainda pior com a expulsão de André Pastor, que impediu um contra-ataque puxado por Bruno Mineiro aos 39. Marcelo Bonan ainda evitou o quarto aos 43, quando defendeu de forma espetacular o chute colocado de Diego da entrada da área.
Com 11 pontos ganhos de 36 possíveis, o Independente segue na zona do rebaixamento da Série A-2, em situação bastante delicada. O alvinegro volta a jogar no sábado, às 19h, contra o Atlético de Sorocaba, no Pradão.
Ficha Técnica
Portuguesa 3 x 2 Independente
Gols – Romarinho, de pênalti, aos 35 do 1T e Diogo aos 6 do 2T (IN); Gustavo Tocantins aos 3 e aos 36 e Bruno Mineiro, de pênalti, aos 24 do 2T (POR)
Local – Canindé
Árbitro – Cleber Luís Paulino
Auxiliares – Eduardo Vequi Marciano e Décio Casagrande Portiéri
Público – 1.313
Renda – R$ 13.375,00
Portuguesa – Luiz Carlos; Cesinha, Rafael Zuchi, Ferdinando e Anderson; Renan, Caíque (Marcelo Labate), Boquita (Diego) e Nathan; Bruno Mineiro e Gustavo Tocantins (Digão). Técnico – Ricardinho.
Independente – Marcelo Bonan; Vinícius Bovi, André Pastor, Murilo e Matheus Leal; Walker (Fabiano), Cláudio Falcão, Romarinho (Jordy Guerreiro) e Diogo; Americano (Aguilar) e Eric Mamer. Técnico – Ivan Izzo.
Ocorrências – cartão vermelho para André Pastor (IN) e amarelos para Matheus Leal (IN) e Boquita (POR)
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