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domingo, 14 de dezembro de 2014
Cleber Alves: "Jogar a Série B valeu como experiência"
Mais pontos positivos do que negativos. Essa foi a avaliação do goleiro limeirense Cleber Alves, de 28 anos, após disputar o seu primeiro Campeonato Brasileiro da Série B.
Os pontos negativos foram o rebaixamento do Vila Nova para a Série C e o constante atraso na folha de pagamento. "Passamos por enormes dificuldades ao longo da competição. Retornei a Limeira sem receber tudo o que tinha direito. Infelizmente terei que acionar a Justiça, pois não é justo ficar sem receber vários meses, pois trabalhei normalmente e me dediquei muito ao clube. Sem contar que fiquei longe da família. Mas serviu como experiência. Jogar a Série B nos deu currículo e projeção na carreira", frisou.
Sobre a queda, Cleber acredita que o início ruim do Vila Nova pesou na sequência do Brasileiro. "Ficamos dez jogos sem vencer. E nesse período marcamos apenas um gol e ainda por cima foi contra. Impossívei evitar o rebaixamento desta forma. Duro que estourava tudo em mim. Goleiro sofre nessa hora. Sem contar que sofri cinco gols contra em toda Série B", justificou.
Mas o arqueiro lembrou que no segundo turno o Vila Nova venceu três jogos seguidos, contra Oeste (3 x 1 em Itápolis), Vasco da Gama (2 x 1 em Brasília) e ABC (2 x 0 em Natal). "Estávamos reagindo no campeonato e a torcida estava eufórica. Levamos 20 mil torcedores contra a Portuguesa, no Serra Dourada, mas decepcionamos e perdemos por 2 a 1. Naquele momento eu senti que não dava mais. Era a chance que tínhamos de entrar no páreo pela permanência na divisão. Foi uma ducha d'água fria", recordou.
Alves jogou 32 dos 38 jogos do Vila Nova no Brasileiro e teve atuações destacadas, como na vitória sobre o Santa Cruz por 3 a 2. "Sem dúvida foi o meu melhor jogo. Também tive boas atuações contra o ABC em Natal e diante do Bragantino em Bragança Paulista. Foram jogos memoráveis, que serviram para abrir novas portas em minha carreira. Fui eleito o melhor em campo nessas três ocasiões", salientou.
E o goleiro tem razão. Mesmo com o descenso de sua equipe, vários clubes o procuraram após a Série B. "Graças a Deus tive várias propostas de trabalho, como do Sampaio Corrêa, ABC, Bragantino e por último do Paysandu, que subiu para a Série B. Fico feliz demais que minhas atuações tenham impressionado os dirigentes destes clubes. Isso nos dá a sensação do dever cumprido", disse.
Novo desafio
Mas a saudade de casa, dos pais e principalmente da namorada, fizeram Cleber Alves assinar com o Rio Branco de Americana para jogar a Série A-2 do Campeonato Paulista. "Já trabalhei com o professor Fahel Júnior e sei de sua competência. A parceria que pegou o Rio Branco é muito boa. Quero fazer um ótimo trabalho no Campeonato Paulista e quem sabe disputar uma nova Série B em 2015", confidenciou. Vale lembrar que a Zaka Sports, ex-Ituano e Guaratinguetá, vai gerir o futebol do Tigre na próxima temporada.
Será a quinta vez que Cleber Alves disputará a Série A-2. Em 2008 subiu com o Mogi Mirim e em 2013 com o Rio Claro, conquistando inclusive o vice-campeonato - perdeu a final para a Portuguesa.
Virou herói do Azulão como um dos arqueiros que mais vestiu a camisa daquele clube na história e defendeu o pênalti cobrado pelo experiente meia Marcinho, do Red Bull, no jogo do acesso no Moisés Lucarelli. Também jogou esta divisão com o Atlético de Sorocaba.
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