Não foi uma boa estreia. Mas também não foi das piores. Independente e Rio Preto ficaram no 1 a 1, ontem no Pradão, na abertura do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3. Foi o 9º empate do Galo em 20 jogos. Pelo mesmo grupo, Matonense 2 x 1 Internacional, sábado em Matão.
O primeiro tempo foi equilibrado e logo no primeiro minuto, Jackson, que voltava a atuar na ala-direita (sua posição de origem) tentou o arremate com uma bola que veio quicando na entrada da área, porém finalizou a esquerda do goleiro Washington.
A resposta do Rio Preto veio aos 8, quando Vitor Palito recebeu de Felipe Tchilé e bateu forte para uma defesa em dois tempos de Marcelo Bonan.
O Galo criou uma ótima oportunidade aos 9 minutos, quando o lateral Andrezinho, uma das novidades do alvinegro, cruzou na medida para Claytinho, que emendou de primeira, por cima do gol.
Dois minutos depois, novamente Claytinho teve a chance de abrir o placar. Ele recebeu de Dairo na grande área e pegou muito embaixo da bola, por cima do gol de Washington, que aliás, pouco trabalho teve na primeira etapa.
Quando o alvinegro estava próximo do gol, foi surpreendido. Na jogada ensaiada de escanteio pela esquerda, Rafael Hueda serviu Leandro Tanaka, que cruzou na cabeça de Tabarana. Livre de marcação e bem posicionado, o meia só teve o trabalho de deslocar o goleiro galista para fazer 1 a 0 para o Jacaré.
Um silêncio tomou conta do Pradão. Os gritos de "vamos subir Galo" deram espaço a apreensão. Mas o sofrimento do torcedor durou exatos nove minutos. Na tabela entre Juninho e Andrezinho na entrada da área, o zagueiro Éder Baiano puxou o atacante pela camisa. Pênalti bem marcado pelo árbitro Leandro Carvalho da Silva. Claytinho, que vinha de duas cobranças perfeitas contra Novorizontino e Guaçuano, cobrou novamente bem, sem chances para Washington: 1 a 1. Foi o 5º gol do meia em 30 jogos pelo Galo.
A torcida, composta de pouco mais de 800 pagantes, voltou a acreditar, porém mudou os gritos iniciais. Agora a bola da vez era: "vamos virar Galo". E por pouco isso não aconteceu aos 27 minutos, quando Claytinho levantou para Denner, que sozinho na grande área, chutou em cima de Washington, perdendo uma ótima oportunidade. Nesse lance, os dois jogadores levaram a pior e precisaram de atendimento médico.
O Galo fazia uma blitz no ataque e tinha como boa opção ofensiva as descidas de Andrezinho, eleito o melhor em campo. Aos 29, Xandão, bem ao seu estilo, soltou uma bomba da meia-esquerda. Se a bola não tivesse desviado na defesa do time de São José do Rio Preto, fatalmente entraria no ângulo.
Mas o Rio Preto, que vinha de três vitórias seguidas fora de casa por 1 a 0, não foi líder da primeira fase à toa. Em nova investida do velocista Cléo Silva pela direita, o cruzamento foi na cabeça de Felipe Tchilé, porém Marcelo Bonan fez boa intervenção.
Aos 45, novamente Marcelo Bonan foi exigido no chute de Felipe Tchilé. Bola espalmada para escanteio. Com o apito final, a torcida gostou do que viu e aplaudiu o empenho dos galistas.
Segunda Tempo
A etapa complementar foi perigosa. Os dois times tiveram a chance de sair com a vitória, porém o empate acabou sendo justo.
Aos 11 minutos, Rafael Hueda recebeu livre no ataque e tentou colocar no ângulo. Marcelo Bonan fez uma defesa para fotografia. Aos 16, o Rio Preto teve a melhor chance de marcar o segundo gol. Vitor Palito finalizou duas vezes seguidas na grande área e em ambas a defesa alvinegra se safou.
Com Dairo se arrastando em campo, ainda em razão da lesão na coxa que sofreu em Novo Horizonte, Álvaro Gaia insistia em manter o goleador em campo. Chegou a colocar Negueba no lugar de Juninho, para que a bola pudesse chegar com mais facilidade ao goleador. Mas isso não acontecia.
Não teve jeito. Até a torcida pedia pela saída de Dairo. Ele não tinha mais condição de prosseguir na partida e Luciano Pintinho foi para o jogo aos 19 minutos. Reconhecendo seu esforço, a torcida grito o nome do matador.
Aos 32 minutos, em falta cobrada por Lucas Newilton, Marcelo Bonan se esticou todo em seu canto direito para mandar a escanteio. O Rio Preto guardava seu artilheiro no banco de reservas.
Jean Carlos entrou nos dez minutos finais e de cara criou duas chances reais de gol. Na primeira aos 42, recebeu de Cléo Silva e mandou por cima do gol, com muito perigo. Já aos 44, ficou novamente de frente com Marcelo Bonan em um contra-ataque, porém exagerou na força, sem direção.
O Independente por pouco não saiu com a vitória aos 48 minutos, quando Luciano Pintinho entrou na área pela direita e bateu cruzado. Washington fez bela defesa. Fim de jogo no Pradão e agora as atenções se voltam para o dérbi da quarta-feira, às 20h, no Limeirão.
Ficha Técnica
Independente 1 x 1 Rio Preto
Gols - Tabarana aos 15 do 1ºT (RP) e Claytinho, de pênalti, aos 21 do 1ºT (IN)
Local - Pradão
Árbitro - Leandro Carvalho da Silva
Auxiliares - Vicente Romano Neto e Eduardo Vechi Marciano
Público - 803 pagantes
Renda - R$ 9.160,00
Independente - Marcelo Bonan; Jackson (Lutcho), Denner, Xandão e Andrezinho; Alysson, Fabiano, Thiago Silva e Claytinho; Dairo (Luciano Pintinho) e Juninho (Negueba). Técnico - Álvaro Gaia.
Rio Preto - Washington; Lucas Newilton, Éder Baiano, Diego Pedroso e Leandro Tanaka (Lucas Martins); Nildo, Tabarana, Rafael Hueda e Vitor Palito (Jean Carlos); Cléo Silva e Felipe Tchilé (Dieguinho). Técnico - Ito Roque.
Ocorrências - cartões amarelos para Denner (IN); Washington, Éder Baiano, Leandro Tanaka, Vitor Palito e Rafael Hueda (RP).
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