O jogo contra o Cotia, hoje às 10h no Pradão, pela Série A-3, será especial para o zagueiro Xandão, que completa 50 jogos pelo Independente.
Filho do motorista José Gonçalves Soares e da dona de casa Maura Rodrigues, Alexandre Rodrigues Soares, o Xandão, nasceu em Embu das Artes no dia 08/05/1990, mas sua família reside em Taboão da Serra.
Tem dois irmãos (Vitor e Cleber) e é muito bem casado com Joyce Pereira, que o acompanha em quase todos os jogos. "Ela me aconselha, me levanta e me apoia. Está sempre ao meu lado, em todos os momentos, bons ou ruins. Não podia desejar uma companheira melhor. Se hoje estou bem na equipe, devo muito a ela. Em abril agora faremos um ano de casado, mas estamos juntos há seis. Ela é a mulher da minha vida", se declarou.
Fã dos zagueiros Lúcio, do Palmeiras e de Thiago Silva, do PSG, Xandão, tem 1m90 e 84 kg, e torce para o São Paulo. Do elenco atual, é um dos poucos que está desde o início da "Era Álvaro Gaia" no Independente.
Pingue-Pingue
Painel - Como foi o seu início no futebol?
Xandão - Comecei na escolinha de futebol do Clube Atlético Embu das Artes, participando de campeonatos municipais. Fiz um teste no Figueirense e passei. Joguei no Santo André em 2008 e 2009, onde me profissionalizei. Defendi o Barueri em 2010 e o Guarujá em 2011 e 2012, até receber o convite para defender o Independente.
Painel - Como foi sua chegada ao Independente?
Xandão - Quando o técnico Álvaro Gaia assumiu o Independente junto com o gerente de futebol Marcos Bruno no ano passado, alguns jogadores que estavam no Guarujá foram convidados para vir para cá. Graças a Deus fui um deles. Estou feliz aqui e criei uma identidade com o clube. Sei que a torcida gosta de mim.
Painel - O que representa esses 50 jogos para você?
Xandão - Claro que não é uma marca tão expressiva quanto a de 100 jogos por exemplo, mas em razão das dificuldades encontradas hoje em dia na maioria dos clubes do interior paulista, poucos conseguem permanecer por 50 jogos em um mesmo clube. Quem sabe nosso time suba para a A-2 e que eu atinja os 100 jogos pelo Galo. Gosto muito daqui.
Painel - A classificação está próxima na sua opinião?
Xandão - Nada está ganho ainda, mas acredito que nossa vaga esteja bem encaminhada. Essa vitória contra o Flamengo de Guarulhos na quarta-feira foi fundamental e nos deixou em uma situação bastante confortável na competição. Dos quatro jogos restantes temos três em casa. Se fizermos a lição de casa, vamos nos classificar.
Painel - Na cabeça de vocês, qual é a matemática nessa reta de chegada?
Xandão - Temos que vencer Cotia, Votuporanguense e Guaçuano em casa e empatar em Novo Horizonte. Seria ideal e o nos daria mais confiança para o quadrangular final. Temos que subir. Nossa campanha se assemelha com a do ano passado. Nosso elenco é bom e o Dairo vive uma grande fase. A torcida pode confiar na gente.
Painel - Você gosta de ser o curinga do time, ou seja, joga em qualquer posição?
Xandão - Para ser sincero, não, mas estou à serviço do professor Álvaro Gaia. Ele sabe que pode contar comigo. Por eu ser canhoto, joguei algumas partidas como lateral-esquerdo, mas prefiro a zaga. Me dou melhor. Mas nosso elenco sofreu com lesões e suspensões e por isso joguei improvisado.
Painel - O Independente tem a terceira defesa menos vazada da Série A-3 com 14 gols, atrás de São José (10) e Flamengo (13). Qual é o segredo?
Xandão - Jogamos firme e temos um meio de campo marcador. A goleada que sofremos para o São José por 4 a 1, em Araras, foi anormal. Não acontecerá novamente. Temos um elenco bom e competitivo. Torço para que o Denner retorne o mais rápido possível, pois ele é uma peça fundamental do nosso time. É o nosso líder da defesa. Temos um entrosamento muito bom na zaga. Mas os companheiros que estão o substituindo também têm qualidade e estão dando conta do recado.
Painel - Você espera muita dificuldade contra o Cotia?
Xandão - Com certeza. É um time perigoso, que disputa a Série A-3 pela primeira vez. Soma 18 pontos e vem com técnico novo. Ouço falar muito bem do Toninho Cobra, até por sua experiência. Se eles nos derrotarem, a diferença que é de cinco pontos cairá para apenas dois. É por isso que não podemos dar essa chance a eles. Temos que vencer, nem que por meio a zero.
Painel - Você marcou dois gols pelo Independente, ambos fora de casa contra São Carlos e América. Está faltando um no Pradão?
Xandão - Quem sabe seja hoje. Contra o São Carlos foi pela Copa Paulista, mas diante do América pela A-3 deste ano foi o mais importante. Perdíamos por 1 a 0 em São José do Rio Preto, quando aos 45 minutos do 2º tempo eu fui feliz naquele chute de fora da área. Gostaria muito de marcar um gol no Pradão, até para comemorar com a torcida que sempre me apoiou.
Painel - Você chegou a ficar preocupado após três derrotas seguidas na A-3?
Xandão - Claro que sim. O nosso elenco sentiu demais. Mas perdemos na hora em que poderíamos perder. Tínhamos uma gordurinha do bom início que tivemos. Ainda bem que voltamos a vencer e agora embalamos novamente.
Painel - Para completar, o humorista Batoré é um dos responsáveis pela volta da alegria ao Pradão?
Xandão - Sem dúvida. Ele nos ajudou demais. No churrasco que fizemos após a terceira derrota seguida, ele participou e alegrou o elenco. Fez uma palestra motivadora e contou sua vida, que foi sofrida. Demos muita risada com suas piadas em seguida. Ele mudou nosso clima da água para o vinho. Além disso, ele é torcedor do Independente. Ele gosta tanto do Galo que foi até ao Nicolau Alayon torcedor pra gente contra o Flamengo. Ficou gritando na arquibancada. Dedicamos a vitória à ele. O Independente é muito especial na minha vida.
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