Nesta segunda-feira, 3 de setembro, o torcedor leonino comemorará, pela 26ª vez, o título mais importante da riquíssima história da A.A. Internacional: o de campeão Paulista de futebol – o primeiro conquistado por um clube do interior paulista, algo raro, que engrandeceu ainda mais a vitória.
A Internacional teve um dos ataques mais positivos do Campeonato Paulista de 1986 com 59 gols em 42 jogos, média de 1,40 gols por partida. Foram 25 no primeiro tempo e 34 na etapa complementar e desse total, 49 foram marcados com os pés, 8 de cabeça e 2 de pênalti. Kita desperdiçou duas penalidades máximas em todo campeonato.
O artilheiro não só do Leão como do Paulistão foi o próprio gaúcho Kita, com 24 gols. Atrás dele ficaram Tato (7), João Luís (6), Gilberto Costa (6), João Batista (5), Carlos Silva (3), Bolívar (2), Juarez (1), Gilcimar (1), Lê (1), Gilson (1), além de dois gols contra, ambos do XV de Piracicaba.
E para homenagear esses heróis, a diretoria leonina decidiu ir atrás de cada um deles para saber o que fazem atualmente e as lembranças que guardam daquele incrível título.
Jogos = 42
Vitórias = 21
Empates = 14
Derrotas = 7
Gols Pró = 59
Gols Contra = 33
Saldo de Gols = 26
Pontos = 56
Possíveis = 84
Onde estão os heróis:
Silas Carrere (goleiro)
Aos 56 anos, mora em Ourinhos e recentemente possuía uma concessionária de carros. Há alguns meses tornou-se gerente do futebol amador da cidade. Após o título de 86, jogou ainda por Guarani, São Bento e encerrou a carreira no São José, em 1992.
João Luís Barbosa (lateral direito)
Natural de Cosmópolis, completou 50 anos recentemente. Formou-se em Técnico de Segurança do Trabalho e exerce a função na Usina Ester. Foi negociado com o futebol português após o título de 86. Voltou ao Brasil onde foi campeão pelo Palmeiras e encerrou a carreira em 1992, no XV de Piracicaba.
Juarez Elísio Davi (zagueiro)
Faleceu em 1997, aos 42 anos, vítima de um acidente de moto. Na época, trabalhava como mecânico, em Santos. Depois da Inter, jogou no Palmeiras, XV de Piracicaba e equipes do nordeste do país.
Bolívar Modualdo Guedes (zagueiro)
Aos 57 anos, vive em Santa Cruz do Sul/RS. Atualmente acompanha a carreira do filho, Bolívar, zagueiro do Inter de Porto Alegre. Parou de jogar em 1991, após passagem vitoriosa pelo Bragantino, logo que se transferiu do Leão, onde também atuou como treinador.
José Pericles Galina, o Pecos (lateral esquerdo)
Faleceu em 2007 vítima de um acidente de carro. Atuou também pelo Coritiba, depois de ser Campeão Paulista pelo Leão.
Edson Aparecido Macedo, o Manguinha (volante)
Sócio de um empreendimento que loca campos society em Bragança Paulista, está com 55 anos e também dá aulas de futebol em dois colégios particulares da cidade. Depois de ser campeão, jogou um tempo no Japão, voltou pra Inter e encerrou a carreira no Paulista de Jundiaí.
Gilberto Costa (meia)
Aos 55 anos, mora em Santos e é candidato a vereador. Trabalha na inclusão social de jovens no futebol e também segue a carreira de treinador. Inter de Porto Alegre, Bahia e Corinthians foram equipes que defendeu após a Inter. Encerrou a carreira em 1993.
Ederval Luis Conceição, o Tato (atacante)
Mora em Piracicaba. Aos 43 anos tem uma empresa de material esportivo. Após marcar um dos gols da final, foi contratado pelo Palmeiras e depois fez muito sucesso no México. Parou de jogar em 2001.
João Leithard Neto, o Kita (centroavante)
Morando em Passo Fundo e com 54 anos, se recupera de um grave problema que quase o fez perder a vida em 2011. Precisou amputar o pé esquerdo por conta da diabete, contraída na cirurgia que buscava reconstruir o ligamento do tornozelo. Artilheiro do Paulista de 1986 com 24 gols, foi defender o Flamengo. Passou também por Portuguesa, Grêmio e defendeu a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984.
Ronaldo Francisco Lucato, o Lê (atacante)
Proprietário de uma empresa de marketing esportivo, mora em Limeira e está com 48 anos. Destaque nas finais chamou a atenção do São Paulo, onde também foi campeão. Passou ainda por Portuguesa, Inter de Porto Alegre e Atlético Mineiro. Parou de jogar aos 32 anos.
José Macia, o Pepe (treinador)
Consagrado por fazer parte do grande time do Santos comandado por Pelé, Seu Macia, como ficou carinhosamente conhecido em Limeira, aceitou o desafio de treinar uma equipe do interior e acabou formando um elenco com jogadores que vinham de grandes clubes, porém, com passagens não tão boas. Soube unir juventude e experiência, e deu a Limeira algo impensável: o título de Campeão Paulista de Futebol. Sua passagem pela Internacional cativou o povo limeirense, que o reverencia até hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário