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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Internacional de Limeira completa hoje 97 anos e quer de presente o acesso à Série A-3


A Internacional de Limeira espera que muitos torcedores cantem um "Parabéns a você" com entusiasmo, amanhã às 20h30, no duelo contra o Nacional pela segunda rodada do Quadrangular Final do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O Leão, um dos times do interior paulista mais admirados do Brasil, está completando hoje 97 anos. O presente maior seria o acesso, para que o sonho de disputar a divisão de elite em 2013, ano do seu centenário, continue como principal objetivo da atual administração.

A Internacional tem dois jogos seguidos em casa e se vencer ambos, dará um passo gigantesco rumo ao tão sonhado acesso. Depois de empatar na estreia da fase final contra a Santacruzense por 1 a 1, em Piracicaba, o time de Claudemir Peixoto receberá o Nacional nesta quarta-feira e o Velo Clube, no principal clássico da divisão, no domingo. Nesta hora, tudo o que não pode acontecer é perder pontos em casa. São quatro times lutando para duas vagas.

Além da vitória, outro presente esperado pela torcida neste aniversário seria a recuperação do artilheiro Fernando Russi. Autor de 14 gols nesta temporada - 9 deles no Limeirão -, o atacante foi substituído aos 17 minutos no segundo tempo em Piracicaba, após torcer o tornozelo. O goleador deixou o estádio mancando e passou os últimos dois dias tratando da lesão, a base de gelo. Ele deverá passar ainda hoje por um teste para saber se reunirá condições de jogo. "Não estou conseguindo nem colocar o pé no chão. Devo jogar apenas contra o Velo Clube no domingo", comentou.

Caso seja vetado pelo Departamento Médico, Renatinho será o seu substituto. Na defesa, Cazone retorna no lugar de Bruno Itapagipe. Nas demais posições a Inter será a mesma que atuou no fim de semana, com: Fágner; Marcelo Ferreira, Cazone, Léo e Fabinho; Mineiro, Ricardo, Dieguinho e Lucas Lima; Fernando Russi (Renatinho) e Diego Carioca.

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História da gloriosa Veterana


A paixão pelo futebol era tanta, que no dia 2 de outubro de 1913, em vibrante e decisiva reunião fez-se a opção. Admiradores e jogadores passariam a pagar um mil réis mensais para fortalecer e tocar para frente a Internacional. Como estes abnegados e jogadores estavam certos. Muitas alegrias estavam por vir a partir da oficialização de sua fundação, em 5 de outubro do mesmo ano, com sua diretoria formada por José Alves Penteado, presidente, Fausto Esteves dos Santos, vice, Antonio Dias, secretário. Ajax Garroux e Antonio Esteves Junior, tesoureiros.

Em breve espaço de tempo, o time ficou conhecido como o Leão da Paulista, devido a sua força e as constantes viagens de trens pela antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro para enfrentar adversários da região. No dia 3 de setembro de 1986, com uma vitória diante do poderoso Palmeiras por 2 a 1, a Internacional entrou para a história como sendo o primeiro clube do interior a conquistar o Paulistão, diante de um público de 102.000 pessoas no Morumbi.

Um feito inédito que encheu de orgulho a população de Limeira e todo o interior paulista. Dois anos depois do fato inédito, outra conquista, o título do Módulo Amarelo, hoje denominado Campeonato Brasileiro da Série B, em cima do Náutico, no Major Levy. Mas a sua história não é feita só de títulos e alegrias. Em 1990, o presidente Fernando Collor de Mello confiscou a poupança dos brasileiros, medida que acabou afetando os clubes do nosso país. Aliado a esta questão e na formação de uma equipe vulnerável, o time sofreu o terrível golpe do descenso.

Seis anos após o seu primeiro descenso, o Leão da Paulista, presidido pelo empresário Luis Fernando Ferrari e com um elenco de qualidade, reconquistou o seu posto na principal divisão do futebol paulista. Em 28 de julho de 1996, o alvinegro, de Piá e Paulinho, goleou a Portuguesa por 4 a 0, retornando a Série A-1.

Sem dinheiro em caixa e passando por dificuldades, os dirigentes tentavam futuras parcerias para solidificar as estruturas do clube. As campanhas irregulares sempre deixavam a Veterana na zona de rebaixamento. Foi quando surgiu na vida da Associação Atlética Internacional, a empresa italiana RI. Mesmo com o investimenfo feito pelos italianos, a Internacional voltou novamente a amargar o rebaixamento em 2003.

A saída inesperada da RI abalou as estruturas do clube. O fato assustou e afastou os tradicionais dirigentes da Internacional. Em meio à turbulência, surgiu o nome do jornalista Wagner Barbosa. Sem experiência para tal função, mas na base da vontade, ele assumiu a presidência do alvinegro e conquistou o acesso, tendo Pintado como técnico e Brenner e Maranhão como artilheiros.

Acontece que na gestão seguinte e com a equipe na primeira divisão, estavam por vir os piores momentos da história do time limeirense. Parcerias precipitadas, salários de jogadores e funcionários atrasados e um elenco de péssima qualidade culminaram novamente com o descenso da Internacional. A partir daí foi um rebaixamento atrás do outro. O Leão chegou ao fundo do poço, quando perdeu para o Pão de Açúcar, em Araras, despencando para a última divisão do futebol paulista, onde tenta de todas as formas sair. Quem sabe depois de tantas lágrimas derramadas, o torcedor possa enfim sorrir e vibrar novamente com um acesso do seu time do coração, feito que não acontece há seis anos.

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