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domingo, 16 de agosto de 2015
Ídolo do passado, Walter Aikens visita Limeira após 16 anos
Se você perguntar para o amante do basquetebol limeirense de hoje qual seria o seu maior ídolo, óbviamente que a resposta será Nezinho. Mas se você procurar os mais antigos, muito provavelmente a lembrança recairá sobre o ala norte-americano Walter Aikens, o primeiro monstro das quadras limeirenses.
Depois de 16 anos, Aikens está de volta a Limeira, mas apenas para fazer uma visita. A convite do técnico Jece Leite, seu amigo particular, o ex-ala do Nosso Clube passou uma semana na cidade, revendo os amigos mais chegados, em especial o preparador físico Márcio Cavinato.
Aos 50 anos (21/02/1965) e nascido em Orlando, Walter Aikens ainda mantém a forma física impecável e deixa até a modéstia de lado para falar sobre o assunto.
"Se eu voltasse a treinar diariamente, jogaria tranquilamente hoje. Sempre me cuidei e ainda participo de partidas oficiais nos Estados Unidos, em algumas ligas. A mão também continua certeira", sorriu.
Depois de deixar o Nosso Clube, Aikens passou por Londrina e Joinville. Há 15 anos treina a Harding University High School, onde ensina alunos de 14 a 18 anos. Mora em Charlotte e um dos seus melhores amigos é Larry Jordan, irmão de Michael Jordan, acionista majoritário do representante da cidade que atua na NBA.
O ex-ala é casado com Michele Aikens, com quem tem dois filhos. Walter Aikens Jr, de 24 anos, joga futebol americano e defende o Miami Dolphins. Recentemente, o jovem assinou um contrato de quatro anos pelo valor de quatro milhões de dólares, ou seja, um milhão por ano.
Além disso, tem o patrocínio pessoal pela Under Armour, a mesma marca de Stephen Curry, MVP da última temporada da NBA. Sua filha Alexis, de 18 anos, pratica atletismo e é especialista nos 100 e 200 metros.
Foram seis temporadas pelo Nosso Clube e mais de três mil pontos marcados. Tinha média de 22 pontos por jogo e em 1995 foi vice-campeão paulista, perdendo a final para Rio Claro. Segundo Cavinatto, Aikens tinha um preparo físico exemplar.
"Ele sempre gostou de treinar. Tinha muita força e era determinado. Dava gosto de vê-lo treinando", lembrou.
Walter se emociona ao lembrar daquela época. "A torcida me adorava. A garotada gostava de tirar foto comigo. Arrepiava quando ouvia meu nome nas arquibancadas. Foram os melhores anos da minha vida", comentou.
Entre as atuações memoráveis do jogador com a camisa limeirense está um duelo contra o Corinthians.
"Foi especial porque o Oscar Schmidt estava no auge. Era a primeira vez que ele jogava no Poliesportivo. Me lembro que o marquei demais e mesmo assim ele fez 32 pontos. Dei dois tocos nele que o deixou assustado. O ginásio estava lotado e vencemos aquela partida. Fiz 21 pontos e trouxe a torcida comigo. Foi sensacional", recordou.
Por três vezes anotou 44 pontos em um jogo, seu recorde pessoal.
Aikens elogiou o crescimento do basquete no Brasil e o aumento do número de brasileiros na NBA. "Hoje o Brasil está em outro patamar na modalidade. São jogadores experientes, até brilhantes. Sou torcedor do San Antonio Spurs e gostei de ver a evolução do Thiago Splitter.
Para ele foi uma boa ter se transferido para o Atlanta Hawks. Na minha opinião o Nenê Hilário está no topo, no auge. Leandrinho está crescendo e esses meninos que estão chegando (Lucas Bebê e Bruno Caboclo) são grandes promessas.
Para fechar, Aikens disse que gostaria de voltar ao Brasil como técnico, mas acha pouco provável. "Seria um sonho, mas no momento não acredito, pois estou há muito tempo fora do país. Mas quem sabe um dia. Seria bom demais. Pensou virar técnico em Limeira", completou.
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