A derrota para o São Caetano, de virada, por 2 a 1, quarta-feira à noite no Estádio Anacleto Campanella, custou o emprego de Paulo Jamelli.
Após a partida, o treinador se reuniu com o investidor Anivaldo dos Anjos e ambos chegaram ao consenso que o trabalho não tinha mais clima para ter prosseguimento, principalmente pela pressão exercida pela torcida. Em comum acordo o contrato foi rompido. Em entrevista ao Painel Esportivo, o ex-atacante disse que não existia multa e que o contrato era de cavalheiros.
Jamelli foi uma aposta da Arte da Bola, parceira do Independente. Muito amigo dos investidores, o treinador herdou a vaga de Álvaro Gaia e teve a chance de comandar seu segundo clube na carreira. O primeiro foi o Marcílio Dias de Itajaí em 2011, sem sucesso.
No Galo, chegou com uma linha dura de trabalho, completamente diferente do ex-treinador, que era uma espécie de "paizão" do elenco. O alvinegro se comportou muito bem nos amistosos da pré-temporada, dando uma esperança aos torcedores. E olha que o Independente venceu adversários da Série A-1, como Ituano e Red Bull, por exemplo.
"Essa é a grande pergunta que faço. Não entendo porque o time não correspondeu no campeonato", frisou.
Logo na primeira rodada, um futebol apático e uma goleada por 5 a 1 em Taubaté. A reabilitação quase veio na segunda rodada, contra o Monte Azul, no Pradão. O Galo vencia por 1 a 0, quando sofreu o empate aos 41 minutos do segundo tempo.
"Se essa vitória tivesse sido conquistada, a história poderia ser diferente", afirmou.
Após a goleada em Santa Bárbara d'Oeste por 4 a 2, de virada - Galo comandou o placar duas vezes - o sinal amarelo foi ligado. Um novo tropeço aconteceu na quarta rodada, diante do Velo Clube, em Rio Claro, por 1 a 0. O Galo entrou em desespero.
O trabalho de Jamelli era contestado a todo momento pelos torcedores nas redes sociais. Mas em razão da melhora da equipe, apesar da derrota na cidade azul, o treinador ganhou mais uma chance. A esperança era uma vitória sobre o Batatais, no Pradão. Mas o alvinegro foi goleado por 4 a 1, em uma apresentação pífia.
O Pradão virou um barril de pólvora. A torcida protestou, virou as faixas de cabeça para baixo e exigia a saída do treinador. Mas a Arte da Bola entendia que o problema não era Jamelli e sim a má vontade de parte do elenco.
O técnico não foi demitido e teve a chance de comandar o time em São Caetano. Porém, em razão de um novo tropeço, a situação do treinador ficou insustentável.
O novo comandante galista terá duas partidas seguidas em casa, contra Juventus, no sábado às 19h e diante do Penapolense, na quarta-feira, às 20h, para a reabilitação.