O Ministério Público (MP) celebra nesta quarta-feira, às 10h30, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os organizadores da 1ª Interfest - A Micaneja, que estava marcada para o próximo sábado no Estádio Major José Levy Sobrinho, e com o presidente da Internacional de Limeira, Ailton Vicente de Oliveira. O TAC prevê o cancelamento da festa e a transferência à área afastada.
O TAC ainda estabelece que qualquer evento a ser realizado no Limeirão em uma próxima data deve respeitar os termos da lei do silêncio, que permite volume máximo de 50 decibéis no período noturno. Ele contou que o presidente da Internacional concordou em cancelar a festa. Ainda lembrou que a Prefeitura não havia concedido alvará para promoção do evento - indeferindo os pedidos feitos.
O presidente leonino justificou que sua ideia era ceder o estádio porque ajudaria a administração angariar recursos para troca do gramado - que custaria R$ 180 mil. Ontem a Gazeta retratou o problema, antecipando a insatisfação dos moradores de dez bairros que ficam no entorno do Limeirão, descontentes com os eventos que ocorrem no Limeirão.
O CarnaHard, ocorrido ano passado, resultou em ação de execução e os organizadores foram multados por descumprimento da lei do silêncio. Laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) comprovou que, em 2009, o volume da festa excedeu o limite máximo, ultrapassando de 50 decibéis para um nível que chegou aos 73.
O presidente da Internacional foi entrevistado hoje no programa Painel Esportivo na Rádio Educadora 1020 AM. Ele afirmou que a medida de cancelar o evento é de precaução, evitando a interdição do estádio. "Devemos finalizar o compromisso de não fazer o evento do Limeirão na reunião com o promotor. Claro que futuramente teremos condição de usar o clube de campo para esse tipo de evento", declarou ao repórter esportivo Naldo Dias.