Hoje faz aniversário um dos maiores ídolos da torcida da Winner/Limeira. O armador Nezinho, hoje no Universo/Brasília, completa 29 anos e seu maior presente será o retorno a equipe limeirense no mês de junho. Segundo o dirigente Cássio Roque, o jogador já estaria apalavrado e contando os dias para retornar a cidade, que tanto é admirado.
O torcedor ama Nezinho de paixão e não vê a hora de aplaudí-lo em pé novamente, como nas partidas realizadas no Vô Lucato, onde seu nome quase sempre era ovacionado. Por mais carinho que todos os jogadores pudessem ter com a torcida, ninguém conseguia superar Nezinho, o grande xodó do torcedor. Difícil encontrar uma torcida que goste tanto de um jogador de basquete, como a Winner gosta de Nezinho.
Foram 60 jogos com a camisa da Winner e 1.087 pontos anotados, média de 18,1 por partida. Foram três campeonatos e dois títulos, um retrospecto acima da média. Sua estreia pela Winner aconteceu em 26/08/2008, na vitória contra Casa Branca por 83 a 80 pela Copa EPTV, em Pirassununga. Nesse dia, confesso que fiquei emocionado, pois estava diante do melhor time da história da Winner, que viria a ficar ainda melhor com a chegada de Shamell, o "príncipe negro de todos os sotilégios".
Dois dias depois, Nezinho conseguiu a sua melhor marca com a camisa limeirense. Foram 36 pontos (9 bolas dos 3 pontos) na vitória apertada contra o Paulistano por 93 a 92, graças a uma cesta do armador Betinho no último segundo. Um verdadeiro show.
Na Copa EPTV a Winner foi a campeã com méritos e Nezinho marcou 106 pontos em 4 jogos, média de 26,5. Depois, foi fundamental no título inédito do Campeonato Paulista da Série A-1, quando simplesmente calou o Pedrocão com duas vitórias seguidas e um duelo particular com seu desafeto Helinho. Na arquibancada ouvíamos da fanática e vibrante torcida Winfernais: "Ei Helinho, aprende com Nezinho".
Nezinho foi impecável, mesmo ficando de fora de algumas partidas do Paulista em razão da covarde agressão sofrida do ala francano Márcio Dornelles na final dos Jogos Abertos do Interior, em Piracicaba. O jogador foi hospitalizado e sentiu o quanto era querido de verdade em Limeira. A cidade só falava na agressão do ala de Franca. O armador anotou 626 pontos em 34 jogos no Paulista, média de 18,4. Ele se superou contra Franca e disse para mim, que a festa de aniversário surpresa que teve no hotel onde a Winner estava concentrada para a final, o deu ainda mais ânimo para os jogos decisivos.
Nezinho, a quem admiro e tenho o maior respeito por ser um homem de caráter - além de grande amigo -, ainda contribuiu para a classificação da Winner para os play-offs do Novo Basquete Brasil, tendo marcado 355 pontos em 22 jogos, média de 16,1. Nesta competição, a equipe comandada pelo técnico Zanon foi eliminada pelo Joinville por 3 a 1.
Volte logo meu amigo
Essa é uma pequena homenagem ao grande Nezinho. Até hoje guardo com carinho a camisa que ganhei desse mito do basquetebol na final contra Franca. Um cara extraordinário, que conseguiu fazer uma cidade inteira chorar de emoção com a conquista do Paulista. Ninguém esquece daquele choro aos microfones da ESPN/Brasil.
A sua volta em junho fará o torcedor sorrir de novo. Limeira sem basquete é uma cidade triste, carente. Precisamos de você amigo Nezinho. Você é o nosso maior orgulho, nossa referência. A quem eu realmente tiro o chapéu. As portas estarão sempre abertas para recebê-lo amigo irmão, com direito até a tapete vermelho. Volte logo que seu lugar é aqui e sua camisa 23 está guardada e ansiosa por seu retorno!