Nasceu pobre, sem fama e sem glória. Essa frase dá início ao hino do Independente FC, que hoje completa 72 anos. E o torcedor tem motivos de sobra para comemorar, afinal de contas, o Galo disputará pela segunda vez a Série A-2 do Campeonato Paulista.
Para os especialistas, será o campeonato mais difícil que o alvinegro disputará em toda sua história, até pelo nível dos adversários e pela dificuldade em se manter na divisão, uma vez que seis times serão rebaixados para a A-3 e apenas dois subirão.
O Independente está em plena ascensão e esse crescimento começou em 2013, logo após a chegada de Álvaro Gaia, que tornou-se o treinador com o maior número de jogos pelo clube: 125. Em seguida, o alvinegro se fortaleceu ainda mais com a parceria da Arte da Bola, presidida por Pedro Henrique.
Nos últimos três anos, o Independente subiu da Série A-3 para a A-2 e por um ponto não garantiu sua presença na elite do futebol paulista no ano passado. Na Copa Paulista foi semifinalista em 2014 e em 2015 chegou até as quartas de final. Ou seja, hoje o Galo é uma realidade.
Estruturado, com uma presidente no comando (Doutora Fátima dos Anjos), com um técnico conhecido até por seu histórico como jogador de grandes equipes do país (Paulo Jamelli) e uma base entrosada, o Independente está pronto. O torcedor espera que o Galo faça bonito na A-2, apesar de todas as dificuldades.
Surgimento
Em 19 de janeiro de 1944 um grupo de amigos se reuniu na fábrica "jacazinhos" em Vila Esteves para discutir a fusão de dois times de futebol que existiam no bairro, o São Paulo FC e o Guarani FC.
Depois de muita conversa, ficou decidido que se chamaria Independente Futebol Clube, por sugestão de João dos Santos. Seu primeiro presidente foi Luiz Cagnin. Sucederam-se grandes conquistas até o profissionalismo em 1972.
Nesses anos de profissionalismo, muitos ídolos passaram pelo clube, entre eles Sormani, Nestor, Dadona, Américo, Tute, Careca, Beto, João Ferraz, Candian, Bassinho e muitos outros.
Até 1958, o Independente era considerado um time de várzea e durante esse período, muitas foram as suas conquistas. Nessa época o clube também conseguiu seu primeiro campo de futebol, em um terreno bastante acidentado na saída da Barroca Funda, cedido por seu proprietário.
Foi nesse campo que surgiu o apelido de Galo, por dois motivos. O primeiro, por seu uniforme ser idêntico ao do Atlético Mineiro, que tem o Galo como mascote. O outro é por ter enfrentado os grandes bichos-papões de Limeira como Sete de Setembro, América, Estudantes, Cruzeiro, Prada, Flamengo, Máquina São Paulo, entre outras.
Entre os títulos memoráveis da era moderna, destaques para a conquista da Série B1-A de 1999, sob o comando de Edson Só e a Copa Energil de 2007, com Claudemir Peixoto.