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Mostrando postagens com marcador Cleiton Alves da Pavilhão Nove de Limeira em El Salvador no jogo Cobresal 0 x 1 Corinthians. Mostrar todas as postagens
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domingo, 17 de abril de 2016
Limeirense participa da maior viagem terrestre de uma torcida do Brasil
Seja sincero, você enfrentaria quase sete mil quilômetros para assistir uma partida do seu time do coração? Num primeiro momento você pode até responder que "sim", mas talvez desista na hora que for pisar no ônibus. São três dias para ir e três dias para voltar. Ou seja, quase uma semana fora de casa por um simples jogo de 90 minutos.
Um limeirense acaba de entrar para a história. Cleiton Alves, de 34 anos, ou "Clayton Preto" como é carinhosamente chamado, fez parte da maior viagem terrestre realizada por uma torcida organizada do Brasil.
Integrante da Pavilhão Nove há sete anos, ou seja desde o início, Cleiton viajou de ônibus de São Paulo a El Salvador no Chile, encarando os 3.482 km de ida e a mesma distância de volta.
Vale tudo pelo Corinthians, até mesmo convencer a patroa a deixá-lo viajar, perdendo alguns dias de trabalho. Cleiton, que é especialista em decoração e papel de parede, representou a organizada limeirense, uma vez que o presidente Fabrício e o vice Paulo não puderam viajar.
"Eles me ajudaram com o dinheiro da alimentação. Apesar da loucura que foi, faria exatamente tudo de novo, sem pensar duas vezes. Ainda mais por se tratar da Taça Libertadores da América", afirmou.
Para o jogo contra o Cobresal, realizado em 17/02, uma quarta-feira, Cleiton e outros 43 corintianos deixaram a sede da Gaviões da Fiel no domingo anterior, às 11h. O buzão cruzou o Brasil inteiro até chegar a Uruguaiana. Em seguida passou pela fronteira da Argentina e chegou a El Salvador após três dias de viagem. "Chegamos a cidade às 12h e tivemos a tarde livre para conhecer o deserto do Atacama e é claro, fazer amizades. Que lugar lindo. Em 2020 essa cidade não existirá mais", lembrou.
Cleiton contou que os chilenos estavam apreensivos com a chegada dos corintianos, principalmente pelo trágico acontecimento de Oruro, na Bolívia, quando o jovem boliviano Kevin Spada foi morto por um sinalizador vindo da torcida alvinegra.
"Bastou um rápido contato para ver que estávamos lá apenas para torcer, sem se preocupar com a violência. Fomos muito bem recebidos. Tudo era festa em El Salvador, afinal, pela primeira vez a equipe estava participando da Libertadores", disse.
Alves contou que um casal acolheu os 44 corintianos. "O marido e a esposa deixaram a gente tomar banho na residência e usar a cozinha para fazermos as nossas refeições. Em troca, fizemos uma vaquinha e arrecadamos quase R$ 1 mil. Eles ficaram super felizes. Foi uma experiência única", frisou.
Talvez a única dificuldade foi passar seis dias dentro de um ônibus. "Era água e bolacha a viagem toda. Nunca dormi tanto na minha vida. O que mais achei bacana é que em todas as paradas para as refeições, sempre dois integrantes lavavam o veículo e seu banheiro. A gente revezada. Ajudei também. Foi tudo bem organizado", confidenciou.
O que mais fez valer a longa viagem foi a vitória conquistada pelo Corinthians. Com um gol contra nos acréscimos, o Timão venceu o Cobresal por 1 a 0. Se puxar pelo youtube, é possível ver Cleiton Alves com sua vasta cabeleira (muitos o chamam de Falcão do Rappa, Bob Marley e até Rasta) descendo correndo a arquibancada para comemorar o gol. "A viagem de volta foi sossegada. Uma vitória deixa o ambiente sempre mais gostoso", sorriu.
Foi a segunda viagem internacional de Cleiton Alves para acompanhar o Corinthians. "Estive no Paraguai na derrota para o Guarani, também pela Libertadores. Aqui no Brasil fui em várias partidas. Só quem faz parte de uma torcida organizada sabe a paixão que é. Vamos agora aguardar o próximo adversário no Timão. Quem sabe eu conheça mais um país", completou.
Nascido em Limeira em 17/10/1981, Clayton Preto é um dos melhores volantes do futebol amador de Limeira. Foi campeão da Primeirona com o Az de Ouro. Ganhou a Terceira Divisão com o Casa Bella e ajudou o Fluminense a subir da Segunda para a Primeira Divisão. Também jogou três Copas Gazeta e vestiu as camisas de Santa Rosa e Brasil de Tatu.
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