Volante, 16 anos, 1m85 de altura e 70 kg. O limeirense Rafael Fortunato Bosco é um dos mais jovens jogadores a se profissionalizar no Atlético/PR. Depois de um ano vestindo a camisa do "Furacão" nas categorias de base, o jogador assinou seu primeiro contrato profissional, deixando de ganhar uma ajuda de custo e passando a receber um salário.
Filho de José Carlos Bosco, ex-jogador do Santos nos anos 80 e do Independente, e de Isabel Fortunato Bosco, o jovem promissor vive uma fase de conquistas e superação. Não foi nada fácil ficar um ano longe da família e dos amigos, além de encarar o frio do sul do País.
"Cheguei até pensar em retornar a Limeira definitivamente e comuniquei o fato a diretoria. Foi então que eles me deram uma folga em três finais de semana. Sou muito apegado com meus pais, mas agora, com esse contrato firmado, terei que ser firme e vou conseguir", frisou.
Início no Gran
Bosco começou a jogar futebol com 3 anos de idade na escolinha do Gran São João, afinal de contas, é sobrinho do lendário técnico Pedrinho. Foram 10 anos no clube, tendo como auge a temporada 2008, quando conquistou a Copa Gazeta Sub-13 em cima do Tié Sports (Pedrinho cortou até o bigode para pagar uma promessa que fez), o Campeonato Municipal em cima do Metalúrgicos e um torneio na cidade de Cerquilho.
Em 2009, Bosco teve uma rápida passagem pelo União São João. Em seguida foi levado ao Limeira FC, do esportista Osmar Cetim. Jogou seu primeiro Campeonato Paulista na categoria Sub-15 em 2010 pelo Independente.
"Passamos a primeira fase invicto, mas perdemos muitos jogadores para os clubes grandes. Sendo assim, caímos na segunda fase. Se todos tivessem ficado no Galinho, fatalmente iríamos muito mais longe", afirmou.
Em Curitiba
Do Limeira FC, Bosco foi indicado para as categorias de base do Atlético/PR. Sob o comando do técnico Pedrinho Maradona, ex-meia do Guarani, o limeirense ganhou altura e um ótimo condicionamento físico.
Logo em sua primeira competição oficial, um título. O "Furacão" conquistou o Campeonato Paranaense justamente em cima do seu maior rival, o Coritiba. "Ganhamos de 1 a 0 em casa e perdemos pelo mesmo placar no jogo da volta. Nos pênaltis vencemos por 4 a 2. Festejamos muito", lembrou.
O segundo título de Bosco pelo rubro-negro paranaense foi a SC Cup Sub-16, em Santa Catarina.
"Perdemos na estreia para o Caxias e depois vencemos os seis jogos seguintes. Eliminamos o Fluminense nas quartas de final e o Coritiba nas semifinais. Na decisão, derrotamos o Pão de Açúcar por 2 a 0. Foi muito bom também", destacou.
Em razão das boas atuações e da liderança em campo, Bosco ganhou de presente um contrato e a profissionalização.
"Espero dentro de no máximo três anos estar atuando no time principal. Tenho determinação e devo isso ao meu pai, que sempre cobra muito de mim", frisou.
Se espelha em Ralf
Bosco, que é fã do volante Ralf do Corinthians, tem procurado conversar com os jogadores mais velhos do Atlético/PR, pedindo dicas e orientações. Um deles é o experiente Paulo Baier, um dos maiores ídolos da história do time paranaense.
Com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2011, Bosco acredita que o time principal voltará mais fortalecido e estruturado para a elite nacional.
"Veja os casos de Corinthians, Vasco da Gama e Botafogo por exemplo. Os três passaram pela B e hoje estão bem, brigando por títulos", lembrou. Bosco é mais um limeirense que caminha a passos largos para o sucesso.
