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domingo, 16 de agosto de 2015

Novo gerente de futebol da Inter de Limeira vai procurar Paulo Nobre


Cheio de vontade e disposição. Assim está Marcos Bagatella, novo gerente de futebol da Internacional. Sabatinado na sexta-feira no Painel Esportivo da Rádio Educadora 1020 AM, ele confirmou que vai mesmo procurar o presidente Paulo Nobre, do Palmeiras, nos próximos dias.

Sua intenção, além de rever o amigo, é trazer para o Leão alguns jogadores da base que não estão sendo utilizados pelo técnico Marcelo Oliveira no profissional. A meta é não onerar a folha de pagamento do alvinegro para a Série A-3 de 2016.

Mas Bagatella é exigente e faz questão de deixar isso bem claro.

"Não quero aqueles moleques que acham que já estão prontos e que venham usar chinelinho no Limeirão. Quero atletas que tenham vontade de jogar, de aparecer e de chamar a atenção do Palmeiras fazendo um bom campeonato. A Internacional é muito respeitada e mesmo estando na Série A-3, é uma grande vitrine. Pelo conhecimento que tenho e por ter livre acesso no Palmeiras, até por ter trabalhado por muito tempo lá (era gerente na época da Parmalat), acredito que consiga alcançar meu objetivo", comentou.

Morando em Limeira há 69 anos, Marcos Bagatella afirmou que não é mágico, mas que vai trabalhar muito, assim como fez no Etti Jundiaí e no Mirassol.

"Será uma caminhada muito difícil. Gosto da Internacional e estou feliz por assumir a gerência. Conheço muita gente no mundo da bola. Tem vários empresários que ficaram felizes ao saber que estou na Inter. Isso vai facilitar a chegada de jogadores que terão um custo baixo para o clube", lembrou.

Bagatella disse ainda que vai usar todo seu conhecimento no futebol para buscar recursos.

"Uma das primeiras medidas que vou tomar é levar o presidente leonino na casa do Juan Fingger (empresário Fifa). Vou visitar também alguns amigos que fiz aqui em Limeira ao longo dos anos. Esse nosso projeto tem que dar certo", ressaltou.

Se fosse presidente da Federação Paulista de Futebol, Bagatella disse que a primeira medida que tomaria seria o aumento nas cotas dos times que participam das Séries A-2 e A-3.

"O repasse precisa ser maior. Os times estão agonizando. A distribuição de renda teria que ser melhor e mais justa. Entendo que para a FPF os times de A-1 são mais importantes, mas o interior sempre revelou jogadores. Somos formadores", lembrou. 

O novo gerente também criticou a Lei Pelé e disse que esse é um dos motivos para a "quebra geral" de vários clubes, principalmente em São Paulo.

Junto com Bagatella na entrevista estava o presidente Paulo Eduardo de Toledo Barros. Ele confidenciou que a gestão passada, de Altair Bueno, deixou um ativo no caixa e que esse dinheiro servirá para quitar as dívidas restantes.

Perguntado sobre o que o levou a assumir a presidência, Paulo afirmou que sente muito amor pela Internacional e que tinha esse desejo.

"É o maior desafio da minha vida. O importante é que tenho o respaldo da família e dos amigos. Tenho que errar o mínimo possível. Nosso prazo é curto e dentro de 60 dias já teremos o time definido e treinando. Precisamos do apoio de todos, principalmente da torcida", frisou.

Ele confirmou que Edson Só ainda é a bola da vez no Limeirão, mas que já teria um plano B, caso não consiga o acerto com o ex-meia da própria Veterana. "Vamos montar o elenco em conjunto. O técnico passará o nome para o Bagatella, que em seguida vai me comunicar. Veremos as possibilidades para aí sim fechar a contratação", revelou.

Barros prometeu conversar com Osmar Cetim para rever a utilização do gramado do Limeirão para os jogos das categorias de base. A intenção do presidente é intercalar os campos para o ano que vem.

Disse também que vem contando com a ajuda de vários amigos, como Paulo Scavariello Júnior, Celso Potechi, Dr. Cleber Batistella e Varlei Grotta, entre outros.

Para completar, o mandatário confirmou que o técnico Paulo Cezar Catanoce acionou a Internacional na Justiça.

"A gente fica triste quando isso acontece", completou.

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